do sistema de produção do arroz, a colheita, a pós-colheita e a industrialização são as últimas operações antes da comercialização. Este fato é suficiente para justificar atenção especial , pois, nestas fases, o custo agregado ao produto é o mais alto, devido aos inúmeros gastos que já foram realizados no decorrer do processo de produção.
O teor de umidade do grão adequado para realizar-se a colheita do arroz está entre 18 e 23%. Se colhido com teor muito elevado, haverá grãos em formação. Por outro lado, se a colheita for muito tarde haverá mais quebra de grãos no beneficiamento e, quando se destina a semente, o vigor poderá ser afetado.
Colheita mecânica de arroz irrigado
Dentre as operações agrícolas que desempenham papel importante na produção de arroz , destaca-se a da colheita.
A operação de colheita é realizada, geralmente, por diversos tipos de máquinas, desde as de pequeno porte tracionadas por trator, até as colhedoras automotrizes, dotadas de barra de corte de até 6 metros de largura, as quais realizam, em seqüência, as operações de corte, recolhimento, trilha e limpeza.
Funções de uma colhedora
Podem-se distinguir as seguintes funções em uma colhedora: corte da cultura e direcionamento para os mecanismos de trilha; trilha, que consiste na separação dos grãos de suas envolturas e de partes de suporte na planta; separação do grão e da palha; limpeza.
As perdas na colheita mecânica de arroz poderão ocorrer por três motivos básicos: antes da colheita, na plataforma da colhedora e nos mecanismos internos da colhedora.
Antes da colheita
As perdas devem-se a o fato de a colheita ser realizada fora de época, à ocorrência de chuvas em excesso, granizo e ventos, à debulha natural influenciada pela genética das cultivares, bem como ao ataque de pássaros, comuns nesta região na época da colheita.
Na plataforma da colhedora
Este é o local de maior perda de grãos na colheita, respondendo por até 85% do prejuízo.
Plataforma convencional
Os pontos responsáveis por estas perdas na plataforma são os seguintes:
Molinete: ocorrem perdas devido à baixa ou excessiva velocidade, ou devido a sua má posição na hora da operação da máquina, causando debulha, acamamento e/ou duplo corte.
Barra de corte: as perdas devem-se ao fato de as navalhas estarem quebradas, tortas, trincadas ou sem fio, e/ou os dedos encontrarem-se tortos; também devido à folga nas peças de ajuste da barra de corte.
Velocidade da máquina: o operador deve conduzir a colhedora, cortando de maneira a aproveitar toda a largura da barra de corte, porém, avançando à maior ou menor velocidade, segundo as condições da cultura.
Densidade da cultura: uma baixa densidade de plantas dificulta o trabalho da plataforma, fazendo com que as plantas deixem de ser recolhidas pelo molinete, perdendo, por conseguinte, grãos.
Presença de plantas daninhas: a presença de plantas daninhas na lavoura de arroz contribui para o aumento das perdas.
Umidade dos grãos: padrões fora da umidade recomendada, 18 a 23%, aumenta as perdas.
Plataforma recolhedora
Estes equipamentos retiram ou arrancam o grão ao invés de cortar a panícula, como fazem as colhedoras equipadas com plataformas convencionais.
Os resultados iniciais obtidos com arroz irrigado na Itália mostram que são possíveis aumentos de até 60% na taxa de colheita.
Mecanismos internos da colhedora
Os principais pontos de perda são: perdas no cilindro, no saca-palha e nas peneiras.
Perdas no cilindro
Acontecem devido a pouca velocidade ou a muita distância entre o cilindro e o côncavo. Normalmente, apresentam-se em forma de panículas sem debulhar.
Perdas no saca-palhas
As perdas no saca-palhas acontecem a semelhança do caso anterior.
Perdas nas peneiras
As perdas nas peneiras são causada geralmente por trilha curta, furos das telas muito fechados e ar mal dirigido, insuficiente ou excessivo. As perdas nas peneiras são grãos soltos, que saem juntamente com a palha miúda.
São apresentados no Quadro 1, os pontos da colhedora onde ocorre o maior percentual de perdas, suas causas e as correções mais comuns.
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