domingo, 24 de novembro de 2019

Tratos Culturais no Cultivo do Gergelim


Tratos culturais

As plantas daninhas competem com a cultura principal, em água, luz e nutrientes. A intensidade da competição das ervas daninhas depende de vários fatores, como espécie, densidade, fertilidade do solo, disponibilidade de água e hábito de crescimento da cultura em cultivo.

O gergelim é uma planta de crescimento inicial bastante lento, e os primeiros 45 dias depois da emergência das plântulas são críticos para essa cultura, que deve ser mantida livre de plantas daninhas nesse período. O preparo adequado do solo pode funcionar como excelente método de controle da vegetação daninha. Devem ser feitas de 2 a 3 capinas durante o ciclo da planta, com enxada ou cultivador.

O pequeno produtor do Município de São Francisco de Assis do Piauí utiliza comumente o instrumento denominado arado cultivador (tipo bico de pato) à tração animal (entre fileiras) e enxada (entre plantas), no controle das plantas daninhas no campo de gergelim, sendo o cultivador regulado para aprofundar no máximo 3,0 cm do solo para não danificar as raízes das plantas (Figura 1). Após a passagem com o cultivador, deve-se fazer o “retoque” com a enxada, junto às linhas de plantio (QUEIROGA et al., 2008).

Fotos: Vicente de P. Queiroga     Vicente de P. Queiroga             Odilon Reny Ribeiro F. da Silva
Figura 1. Controle de plantas daninhas com o instrumento arado cultivador (conhecido como bico de pato ou capinadeira), em lavoura de gergelim no Município de São Francisco de Assis do Piauí, 2008.

Controle químico de plantas daninhas

Para o uso de herbicidas devem-se levar em conta vários fatores, tais como a composição textural do solo e o teor de matéria orgânica. Solos com baixo teor de argila (menor que 15%) e com baixo teor de matéria orgânica (menos que 2%) devem receber doses menores que os solos com elevado teor de argila (acima de 35%) e com elevado teor de matéria orgânica (acima de 4%). É importante também conhecer os tipos de ervas predominantes.

Os herbicidas (diuron, pendimenthalin e alachlor) testados no gergelim são, na maioria, pré-emergentes. O produtor deve preparar a área, plantar em solo úmido, em seguida aplicar o herbicida. Os herbicidas diuron e pendimenthalin foram testados em pré-emergência, em solo Bruno não cálcico, de textura franco-arenosa. Nestas condições, as dosagens de 0,50 kg (diuron) + 0,75 kg (pendimenthalin) do ingrediente ativo por hectare foram suficientes para um bom nível de controle das plantas daninhas. Em solo tipo Vertissolo de textura argilosa, além dos herbicidas citados acima, usou-se o alachlor. As seguintes dosagens foram suficientes para um excelente nível de controle de plantas daninhas: 0,75 kg (diuron) + 1,25 kg (pendimenthalin) e 0,75 kg (diuron) + 1,44 kg (alachlor) do ingrediente ativo ha-1. Nessas condições, o custo do controle químico foi em média 73% inferior ao custo da capina manual, com enxada.

Rotação de culturas e consórcio

A rotação de culturas, além dos benefícios na produtividade, é uma prática que promove a redução de pragas, tanto no gergelim como nas demais culturas que entram no esquema de rotação, auxilia no controle de ervas daninhas, reduz a erosão e mantém a matéria orgânica no solo. As culturas normalmente usadas em rotação com o gergelim são: algodão, milho, feijão, soja, amendoim, mamona e sorgo. Exemplos de rotação: feijão-gergelim, milho-gergelim e/ou mamona-amendoim-gergelim. No caso de rotação com uma leguminosa (soja ou amendoim), permite-se a economia de alguns quilos de fertilizantes nitrogenados por hectare.

O sistema de cultivo consorciado é amplamente empregado por pequenos agricultores, uma vez que estes aproveitam ao máximo os já limitados recursos que possuem, diminuem o insucesso da lavoura, dispõem de maiores opções de alimentos e possibilitam maior eficiência do uso da terra e conservação do solo.

Foto: Joffre Kouri
Figura 2. Plantio em consórcio: gergelim, algodão e sorgo. Prata, PB.

O sistema de consórcio pode ser vantajoso, desde que se leve em conta a configuração de plantio, a população de planta e a época relativa de plantio das espécies envolvidas. O gergelim pode ser consorciado com várias culturas, dependendo da região, das condições climáticas, do espaço físico, como, por exemplo, com o algodão, a mamona, o milho, o sorgo, o amendoim, a soja e variedades de feijão. Além disso, existe a possibilidade de se cultivar o gergelim em consórcio com fruteiras (caju), árvores florestais ou palmeiras com benefícios significativos para o ecossistema.

Tratos Culturais

Como o gergelim é uma planta de crescimento inicial bastante lento, os primeiros 45 dias depois da emergência das plântulas são críticos para essa cultura que, nesse período, deve ser mantida livre de plantas daninhas. 
O próprio preparo adequado do solo pode funcionar como excelente método de controle da vegetação daninha. 
Devem ser feitas de 2 a 3 capinas durante o ciclo da planta, com enxada ou cultivador.

Controle químico de plantas daninhas

– O uso de herbicidas deve levar em conta vários fatores, entre os quais a composição textural do solo e o teor de matéria orgânica: solos com baixo teor de argila (inferior a 15%), e com baixo teor de matéria orgânica (inferior a 2%), devem receber doses menores que aqueles com elevado teor de argila (superior a 35%) e com elevado teor de matéria orgânica (acima de 4%).
É importante também conhecer os tipos de ervas predominantes.
Os herbicidas (Diuron, Pendimenthalin e Alachlor) testados no cultivo do gergelim são, na maioria, pré-emergentes. 
O produtor deve preparar a área, plantar o gergelim em solo úmido e, em seguida aplicar o herbicida.
Os herbicidas Diuron e Pendimenthalin foram testados, em pré-emergência, em solo Bruno Não Cálcico, de textura franco-arenosa: nessas condições, as dosagens da mistura de 50 g (Diuron) + 75 g (Pendimenthalin) do ingrediente ativo/hectare foram suficientes para um bom nível de controle de plantas daninhas. Em solo tipo Vertissol de textura argilosa, além dos dois herbicidas antes citados usou-se o Alachlor. 
As dosagens da mistura, a seguir especificadas, foram suficientes para um excelente nível de controle de plantas daninhas: 75 g (Diuron) + 1,25 kg (Pendimenthalin) e 75 g (Diuron) + 1,44 kg (Alachlor) do ingrediente ativo/hectare.
Nessas condições, o custo do controle químico foi, em média, 73% inferior ao custo da capina manual com enxada.

Rotação de culturas 

– Além de promover a redução de pragas e melhorar a produtividade tanto do gergelim quanto das demais culturas que entram no esquema de rotação, o sistema de rotação de culturas auxilia no controle de ervas daninhas, reduz a erosão e mantém a matéria orgânica no solo. 
As culturas normalmente cultivadas em rotação com o gergelim são o algodão, o milho e o feijão. Contudo, em rotação com o gergelim cultiva-se também a soja, o amendoim, a mamona e o sorgo. 
Exemplos de rotação de culturas: feijão–gergelim, milho–gergelim, ou mamona–amendoin gergelim. 
Nas regiões que possibilitam o cultivo de “safrinha” pode-se optar pelo cultivo do gergelim após o da soja ou o do algodão herbáceo.

Consórcio 

– O sistema de consórcio pode ser vantajoso desde que, ao adotá-lo, o produtor leve em conta os aspectos relacionados à configuração de plantio, à população de planta, aos tipos de consórcios e à época relativa de plantio das espécies envolvidas no consórcio, a fim de obter um sistema eficiente e mais estável que o do monocultivo. O gergelim pode ser cultivado em consórcio com o algodão, a mamona (Fig. 5), o milho, o sorgo, o amendoim, a soja e outras variedades de Phaseolus. 
Além disso, há a possibilidade de cultivar-se o gergelim em consórcio com fruteiras (cajueiro,
por exemplo), árvores florestais ou palmeiras, com benefícios significativos para o ecossistema.

Fig. 5. Sistema de consórcio mamona + gergelim, plantandose o gergelim 15 dias depois de se plantar a mamona.




domingo, 3 de novembro de 2019

Preparo do solo e plantio do Gergelim



Preparo do solo e plantio
O sucesso no estabelecimento do sistema de cultivo do gergelim requer um cuidadoso preparo do solo, em virtude do pequeno tamanho de suas sementes e do lento crescimento das plântulas nas primeiras semanas. Assim, a área de plantio deve estar bem preparada, para facilitar a emergência das plântulas, promover o seu estabelecimento o mais rápido possível e evitar a competição com as plantas daninhas, as quais prejudicam o desenvolvimento e o crescimento da cultura.

Para o preparo do solo em áreas já cultivadas, não se recomenda o uso de grade aradora. Com o uso contínuo deste equipamento, o solo estará sujeito a processo de degradação.

No preparo do solo, seja convencional, com o uso de aração e gradagem (Figura 1A) ou com técnicas de preparo mínimo (Figura 1B), é importante o uso adequado das máquinas e implementos agrícolas em razão da profundidade, do relevo, do grau de estrutura e da classe textural do solo e a operação feita no momento oportuno. No preparo dos solos arenosos ou de textura franco-arenosas, já trabalhados muitas vezes, só há necessidade de uma ou duas gradagens.

Figura 1A. Preparo do solo com grade leve.
Foto: Joffre Kouri

Figura 1B. Preparo do solo com uso de cultivador.

Inicialmente, fazem-se a trituração e a pré-incorporação dos restos de culturas anteriores e plantas daninhas com grade leve ou niveladora. Depois de 7 a 15 dias da incorporação, faz-se uma aração profunda, dependendo do tipo e da profundidade do solo, com o arado de aiveca. Depois, se gradeia com grade simples.

Para solos rasos e pedregosos, usa-se arado de disco superficialmente; no máximo, 10 cm de profundidade, ou somente uma grade de disco simples. Se o solo for profundo e sem pedras, usa-se o arado de aiveca, efetuando-se, antes, a pré-incorporação dos resíduos, e depois o uso de grade de disco simples.

Para determinar a época de semeadura, deve-se levar em conta o ciclo da cultivar e do período chuvoso da região, a fim de que a fase de colheita/secagem ocorra na estação seca. A incidência de chuvas sobre as cápsulas abertas promove o enegrecimento das sementes.

Nos estados do Nordeste, recomenda-se o plantio após a definição da estação chuvosa, quando ocorrem precipitações de pelo menos 40 mm a 50 mm, que possibilitem o preparo do solo e o estabelecimento inicial das plântulas. Nas demais regiões do Brasil, especialmente no Centro-Oeste e no Sudeste, onde o período chuvoso é bem definido, o gergelim pode ser usado como primeira ou segunda cultura, conforme o interesse do produtor (BELTRÃO et al., 2001).

O sistema de plantio do gergelim pode ser manual ou mecanizado, dependendo do tamanho da área e do nível tecnológico da lavoura. A quantidade de sementes por hectare varia entre de 1,5 kg a 3,5 kg, de acordo com o espaçamento e da densidade de plantio.

A semeadura deve ser feita em sulcos rasos contínuos ou em covas rasas, à profundidade de 2 cm. Pode ser manual (com a ponta dos dedos), distribuindo-se em torno de 30 sementes/m ou com semeadora manual, feita com lata de 1 litro ou similar, acoplada a uma haste de madeira, com um furo no fundo, ajustado para liberar de 6 a 10 sementes por cova, de modo a gastar em média 3 kg de sementes por hectare (Figura 2).


  Plantadeira manual.         
Visão do furo de caimento    
Profundidade do plantio. das sementes.
Figura 2. Semeadora manual apropriada para o plantio em covas.

Na comunidade de São Tiago em Bela Vista, PI, os produtores semeiam gergelim com auxílio de uma matraca adaptada, onde uma peça metálica de forma retangular é substituída por outra maior com extremidade circular, a qual é instalada no mecanismo regulador de sementes da máquina (Figura 3), visando conseguir uma vedação total de sementes pequenas de gergelim (QUEIROGA et al., 2013).

Fotos: Gilvan Tolentino

(A)               
                 
(B)         
                   
(C)           
                 
 (D)

   
Figura 3. A. Chapa metálica de forma retangular no regulador e a circular abaixo; B. Dosador sem a chapa retangular; C. Regulador de sementes instalado na matraca; D. Chapa metálica de forma circular no regulador e a retangular ao lado.

Existe também uma semeadora simples para plantio em sulcos, desenvolvida por produtores (Figuras 4 e 5), e que oferece maior agilidade e precisão na distribuição das sementes, baseada em equipamentos adaptados, que dispõe de mecanismos para abrir o sulco, distribuir as sementes e fazer o aterramento. Nesse sistema, gastam-se, em média, 2 kg de sementes por hectare.

Figura 4. Semeadora manual apropriada para o plantio em sulcos, Várzea, PB.
Fotos: Ana Yimiko Kojima



Figura 5. Semeadora mecânica manual de duas linhas para plantio de sementes de gergelim. Município de Lucrécia, RN, ano 2010.

Para semeadura mecanizada (Figura 6), podem-se usar máquinas de plantio destinadas a sementes pequenas, como cenoura, ou pode-se adaptar o disco cego, que normalmente vem com as máquinas, fazendo-se 8 furos de 3/16 polegadas e calibrando-se a saída de 4 a 8 sementes.

Fotos: Nair Helena Castro Arriel
Figura 6. Plantio mecanizado de gergelim, Canarana, MT.

No plantio de cultivares ramificadas, recomenda-se o espaçamento de 0,80 m a 1,0 m entre fileiras e de 0,20 m entre plantas, Para cultivares não ramificadas, usar o espaçamento de 0,60 m a 0,70 m entre fileiras com 0,10 m entre plantas. Para configuração de plantio em fileiras duplas, recomenda-se o espaçamento de 1,70 m entre fileiras duplas de 0,30 m dentro da fileira e de 0,10 m entre plantas (BELTRÃO et al., 2001). Lima et al., (2011) em estudos para definição de espaçamento de gergelim em sistema de cultivo irrigado observaram produtividades de mais de 2000 kg de sementes por hectare ao usarem configurações de plantio 0,60 x 0,05 m e 0,40 x 0,20 m.

Por apresentar semente muito pequena e leve, normalmente, se gasta mais semente que o necessário. Para que a população de plantas satisfaça as recomendações de espaçamento e densidade de plantio, em torno de 100 mil plantas por ha, é necessário fazer o raleamento ou desbaste, deixando as plantas mais vigorosas e retirando as excedentes. O desbaste deve ser realizado em solo úmido e em duas etapas: inicialmente, quando as plantas estiverem com 4 folhas, deixam-se 20 plantas por metro, e quando as plantas alcançarem cerca de 12 cm a 15 cm de altura, deixam-se 2 plantas por cova ou 8 a 10 plantas por metro linear (Figura 7). Para as cultivares não ramificadas, deixam-se 12 a 15 plantas por metro linear.

Fotos: Nair Helena Castro Arriel
Figura 7. Excesso de plântulas de gergelim após a germinação e após o desbaste.

Plantio manual escalonado
É importante que o plantio do campo de gergelim (como, por exemplo, com a cultivar BRS Seda de frutos deiscentes) seja articulado com a capacidade diária do produtor para o corte das plantas. Recomenda-se que o produtor use a máquina manual de duas linhas para um campo de 4 ha de gergelim de modo escalonado (Figura 8). Mesmo que a capacidade de plantio do referido equipamento seja de 4 ha dia-1, o ideal seria o produtor dividir essa área total de 4 ha em 4 parcelas ou lotes com piquetes (Figura 8), sendo que cada parcela de 1 ha seria plantada em dias diferentes, ou seja, iniciaria o plantio da primeira parcela com solo úmido (1 ha) no primeiro dia e terminaria de plantar a última parcela (1 ha) no quarto dia (QUEIROGA et al., 2009).
Figura 8. Representação esquemática de um plantio escalonado de quatro hectares para atender pequenos produtores de gergelim.

Por ocasião da colheita, o produtor teria que efetuar em cada parcela de 1 ha as seguintes etapas: cortar as plantas e agrupá-las em feixes, amarrá-los com barbantes e, finalmente, dispô-los nas cercas de arame para secagem, sendo todas essas tarefas executadas dentro de uma jornada de 8 horas de trabalho, o que exigiria a mão de obra de no mínimo seis pessoas para cada parcela de 1 ha. No dia seguinte, repetiria as mesmas atividades de colheita do gergelim na segunda parcela de 1 ha e, assim por diante, para a terceira e quarta parcela.

Este sistema de cultivo escalonado do gergelim deiscente pode ser considerado o mais viável para o pequeno produtor, principalmente quando o mesmo está desejando ampliar sua área de produção. Além de exigir uma mão de obra diária reduzida de 6 pessoas/ha durante a colheita de cada parcela, esse sistema irá favorecer mais o produtor por permitir produzir em maior quantidade com qualidade, sem perdas significativas de sementes durante a colheita.

Em regiões de período chuvoso mais longo, a época de plantio deve ser planejada, a fim de não comprometer a maturação dos frutos e o rendimento da cultura. Para cultivares de ciclo de noventa dias, o período mais adequado à semeadura é o início dos três últimos meses do período chuvoso (ARRIEL et al., 2006). 
O gergelim é uma planta de crescimento inicial bastante lento, sendo críticos os primeiros 45 dias depois da emergência das plântulas, devendo neste período ser mantida livre de plantas daninhas. O preparo adequado do solo para o plantio já pode funcionar como um método de controle da vegetação daninha e deve ser feitas de duas a três capinas durante o ciclo da planta, com enxada ou cultivador (EMBRAPA, 2007). 
No preparo do solo, seja convencional, com o uso de aração e gradagem ou com técnicas de preparo mínimo com o uso de cultivador, é importante o uso adequado das máquinas e implementos agrícolas em razão da profundidade, relevo, grau de estrutura e da classe textural do solo, devendo sempre evitar os torrões de solo, pois a semente é pequena e leve, preferindo um leito uniforme para boa germinação (QUEIROGA, ARRIEL e SILVA, 2010). 
O sistema de plantio do gergelim pode ser manual ou mecanizado, dependendo do tamanho da área e do nível tecnológico da lavoura, variando a quantidade de sementes por hectare entre 1,5 kg a 3,5 kg, de acordo com o espaçamento e da densidade de plantio. A semeadura pode ser feita em sulcos rasos contínuos ou em covas rasas de profundidade de 2 cm. (ARAUJO et al., 2005). 
No plantio de cultivares ramificadas, recomenda-se o espaçamento de 0,80 m a 1,0 m entre fileiras e de 0,20 m entre plantas, Para cultivares não ramificadas, usar o espaçamento de 0,60 m a 0,70 m entre fileiras com 0,10 m entre plantas. Para configuração de plantio em fileiras duplas, recomenda-se o espaçamento de 1,70 m entre fileiras duplas de 0,30 m dentro da fileira e de 0,10 m entre plantas (BELTRÃO et al., 2001). Lima et al (2011) em estudos para definição de espaçamento de gergelim em sistema de cultivo irrigado observaram produtividades de mais de 671 
Revista Brasileira de Energias Renováveis, v.8, n.4, p.665- 675, 2019 

2000 kg de sementes por hectare ao usarem configurações de plantio 0,60 x 0,05 m e 0,40 x 0,20 m. 
Com relação ao solo, a cultivar pode crescer e se desenvolver em diversos tipos de solo, porem os tipos de solos preferenciais da cultura para atingir a plenitude são os profundos, com textura franca, bem drenados e de boa fertilidade natural (JÚNIOR e AZEVEDO, 2013). Sendo os solos muitos argilosos e com problemas de compactação devendo ser evitados, pois o oxigênio nas raízes pode ser tornar limitante e comprometer o crescimento e o desenvolvimento das plantas e, assim, a sua capacidade de produção econômica (EMBRAPA, 2009). 
Apesar da rusticidade do cultivo do gergelim, vários autores relatam que o aumento da produtividade é relacionado ao acréscimo de nutrientes no solo pela adubação como citado por Santos et al., (2010); Perin et al., (2010); Souza et al., (2014); Oliveira et al., (2015) e Carneiro et al., (2016). 




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