Tratos culturais
As plantas daninhas competem com a cultura principal, em água, luz e nutrientes. A intensidade da competição das ervas daninhas depende de vários fatores, como espécie, densidade, fertilidade do solo, disponibilidade de água e hábito de crescimento da cultura em cultivo.
O gergelim é uma planta de crescimento inicial bastante lento, e os primeiros 45 dias depois da emergência das plântulas são críticos para essa cultura, que deve ser mantida livre de plantas daninhas nesse período. O preparo adequado do solo pode funcionar como excelente método de controle da vegetação daninha. Devem ser feitas de 2 a 3 capinas durante o ciclo da planta, com enxada ou cultivador.
O pequeno produtor do Município de São Francisco de Assis do Piauí utiliza comumente o instrumento denominado arado cultivador (tipo bico de pato) à tração animal (entre fileiras) e enxada (entre plantas), no controle das plantas daninhas no campo de gergelim, sendo o cultivador regulado para aprofundar no máximo 3,0 cm do solo para não danificar as raízes das plantas (Figura 1). Após a passagem com o cultivador, deve-se fazer o “retoque” com a enxada, junto às linhas de plantio (QUEIROGA et al., 2008).
Fotos: Vicente de P. Queiroga Vicente de P. Queiroga Odilon Reny Ribeiro F. da Silva
Figura 1. Controle de plantas daninhas com o instrumento arado cultivador (conhecido como bico de pato ou capinadeira), em lavoura de gergelim no Município de São Francisco de Assis do Piauí, 2008.
Controle químico de plantas daninhas
Para o uso de herbicidas devem-se levar em conta vários fatores, tais como a composição textural do solo e o teor de matéria orgânica. Solos com baixo teor de argila (menor que 15%) e com baixo teor de matéria orgânica (menos que 2%) devem receber doses menores que os solos com elevado teor de argila (acima de 35%) e com elevado teor de matéria orgânica (acima de 4%). É importante também conhecer os tipos de ervas predominantes.
Os herbicidas (diuron, pendimenthalin e alachlor) testados no gergelim são, na maioria, pré-emergentes. O produtor deve preparar a área, plantar em solo úmido, em seguida aplicar o herbicida. Os herbicidas diuron e pendimenthalin foram testados em pré-emergência, em solo Bruno não cálcico, de textura franco-arenosa. Nestas condições, as dosagens de 0,50 kg (diuron) + 0,75 kg (pendimenthalin) do ingrediente ativo por hectare foram suficientes para um bom nível de controle das plantas daninhas. Em solo tipo Vertissolo de textura argilosa, além dos herbicidas citados acima, usou-se o alachlor. As seguintes dosagens foram suficientes para um excelente nível de controle de plantas daninhas: 0,75 kg (diuron) + 1,25 kg (pendimenthalin) e 0,75 kg (diuron) + 1,44 kg (alachlor) do ingrediente ativo ha-1. Nessas condições, o custo do controle químico foi em média 73% inferior ao custo da capina manual, com enxada.
Rotação de culturas e consórcio
A rotação de culturas, além dos benefícios na produtividade, é uma prática que promove a redução de pragas, tanto no gergelim como nas demais culturas que entram no esquema de rotação, auxilia no controle de ervas daninhas, reduz a erosão e mantém a matéria orgânica no solo. As culturas normalmente usadas em rotação com o gergelim são: algodão, milho, feijão, soja, amendoim, mamona e sorgo. Exemplos de rotação: feijão-gergelim, milho-gergelim e/ou mamona-amendoim-gergelim. No caso de rotação com uma leguminosa (soja ou amendoim), permite-se a economia de alguns quilos de fertilizantes nitrogenados por hectare.
O sistema de cultivo consorciado é amplamente empregado por pequenos agricultores, uma vez que estes aproveitam ao máximo os já limitados recursos que possuem, diminuem o insucesso da lavoura, dispõem de maiores opções de alimentos e possibilitam maior eficiência do uso da terra e conservação do solo.
Foto: Joffre Kouri
Figura 2. Plantio em consórcio: gergelim, algodão e sorgo. Prata, PB.
O sistema de consórcio pode ser vantajoso, desde que se leve em conta a configuração de plantio, a população de planta e a época relativa de plantio das espécies envolvidas. O gergelim pode ser consorciado com várias culturas, dependendo da região, das condições climáticas, do espaço físico, como, por exemplo, com o algodão, a mamona, o milho, o sorgo, o amendoim, a soja e variedades de feijão. Além disso, existe a possibilidade de se cultivar o gergelim em consórcio com fruteiras (caju), árvores florestais ou palmeiras com benefícios significativos para o ecossistema.
Tratos Culturais
Como o gergelim é uma planta de crescimento inicial bastante lento, os primeiros 45 dias depois da emergência das plântulas são críticos para essa cultura que, nesse período, deve ser mantida livre de plantas daninhas.
O próprio preparo adequado do solo pode funcionar como excelente método de controle da vegetação daninha.
Devem ser feitas de 2 a 3 capinas durante o ciclo da planta, com enxada ou cultivador.
Controle químico de plantas daninhas
– O uso de herbicidas deve levar em conta vários fatores, entre os quais a composição textural do solo e o teor de matéria orgânica: solos com baixo teor de argila (inferior a 15%), e com baixo teor de matéria orgânica (inferior a 2%), devem receber doses menores que aqueles com elevado teor de argila (superior a 35%) e com elevado teor de matéria orgânica (acima de 4%).
É importante também conhecer os tipos de ervas predominantes.
Os herbicidas (Diuron, Pendimenthalin e Alachlor) testados no cultivo do gergelim são, na maioria, pré-emergentes.
O produtor deve preparar a área, plantar o gergelim em solo úmido e, em seguida aplicar o herbicida.
Os herbicidas Diuron e Pendimenthalin foram testados, em pré-emergência, em solo Bruno Não Cálcico, de textura franco-arenosa: nessas condições, as dosagens da mistura de 50 g (Diuron) + 75 g (Pendimenthalin) do ingrediente ativo/hectare foram suficientes para um bom nível de controle de plantas daninhas. Em solo tipo Vertissol de textura argilosa, além dos dois herbicidas antes citados usou-se o Alachlor.
As dosagens da mistura, a seguir especificadas, foram suficientes para um excelente nível de controle de plantas daninhas: 75 g (Diuron) + 1,25 kg (Pendimenthalin) e 75 g (Diuron) + 1,44 kg (Alachlor) do ingrediente ativo/hectare.
Nessas condições, o custo do controle químico foi, em média, 73% inferior ao custo da capina manual com enxada.
Rotação de culturas
– Além de promover a redução de pragas e melhorar a produtividade tanto do gergelim quanto das demais culturas que entram no esquema de rotação, o sistema de rotação de culturas auxilia no controle de ervas daninhas, reduz a erosão e mantém a matéria orgânica no solo.
As culturas normalmente cultivadas em rotação com o gergelim são o algodão, o milho e o feijão. Contudo, em rotação com o gergelim cultiva-se também a soja, o amendoim, a mamona e o sorgo.
Exemplos de rotação de culturas: feijão–gergelim, milho–gergelim, ou mamona–amendoin gergelim.
Nas regiões que possibilitam o cultivo de “safrinha” pode-se optar pelo cultivo do gergelim após o da soja ou o do algodão herbáceo.
Consórcio
– O sistema de consórcio pode ser vantajoso desde que, ao adotá-lo, o produtor leve em conta os aspectos relacionados à configuração de plantio, à população de planta, aos tipos de consórcios e à época relativa de plantio das espécies envolvidas no consórcio, a fim de obter um sistema eficiente e mais estável que o do monocultivo. O gergelim pode ser cultivado em consórcio com o algodão, a mamona (Fig. 5), o milho, o sorgo, o amendoim, a soja e outras variedades de Phaseolus.
Além disso, há a possibilidade de cultivar-se o gergelim em consórcio com fruteiras (cajueiro,
por exemplo), árvores florestais ou palmeiras, com benefícios significativos para o ecossistema.
Fig. 5. Sistema de consórcio mamona + gergelim, plantandose o gergelim 15 dias depois de se plantar a mamona.
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