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sexta-feira, 20 de abril de 2018

Cultura da Cevada (Resumo)



Hordeum vulgare é o nome científico da espécie para a cevada. É um cereal que ocupa o 4° lugar do ranking de grãos quando o assunto é colheita, com uma produção anual de cerca de 170.000.000 de toneladas. As culturas de cevada, na sua maioria, estão concentradas principalmente na Europa, na Ásia e na América do Norte. A América do Sul tem um número inexpressivo neste contexto: representa menos de 1% do total mundial. É um importante alimento para humanos e animais. Da família Poaceae, pertence ao gênero Hordeum, que também abriga outras trinta e uma  espécies, além desta.

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Poales
Família: Poaceae
Gênero: Hordeum
A cevada leva de um a três dias para germinar totalmente. As flores estão distribuídas na extremidade do colmo, apresentando a forma de espigas. Seus frutos são levemente arredondados ou ovóides e possuem um tom amarelado, são eles que alimentam os humanos e outros animais.
Atualmente, a Rússia lidera o ranking de produtores de cevada no mundo, com uma produção de 72.000km2. E logo atrás vem Canadá e Ucrânia com, respectivamente, uma produção de 45.000km2 e 37.000km2.
Há muitas utilizações para a cevada, que se apresenta na forma de farinha ou grãos, desde a fabricação de cerveja até a elaboração de bebidas semelhantes ao café a partir de grãos torrados e moídos, porém sem a cafeína.
A contra-indicação para o consumo deste grão é a mesma que se utiliza para qualquer alimento que contenha glúten. Algumas pessoas possuem intolerância ao glúten ou mesmo alguma alergia, ou ainda a doença celíaca. Então, à estas pessoas não é indicado o consumo de cevada.
Depois da cevada vem o malte, com o segundo maior consumo anual. Os seres humanos preferem consumi-lo in natura ou em forma de farinha. O malte tem seu consumo assegurado e até potencializado em regiões onde outros grãos cereais não se desenvolvem tão bem. Das 20 milhões de toneladas em média produzidas anualmente apenas cerca de 1milhão é consumido em forma de grãos. Aqui em solo brasileiro, a produção do malte está voltada para atender somente o comércio da cervejaria, já que em outros setores há tantos outros grãos que reduzem economicamente as chances do malte agregar valor e competir igualmente no mercado nacional.
Numa corrida frenética pelo melhor resultado, a tecnologia agrícola vem contribuindo exaustivamente para a melhoria genética dos grãos de cevada. Visando sempre o aumento das possibilidades de sobrevivência/adaptação desses grãos aos mais diferenciados ambientes de cultura. No cenário mundial isso é muito importante, pois quando se tem um produto que alcança diversos continentes, é geograficamente bem fixado e os consumidores aceitam bem, tem-se um produto de importância considerável.




segunda-feira, 16 de abril de 2018

Colheita e Secagem da Cevada



Colheita

A colheita de cevada para a produção de malte é uma etapa muito importante, haja vista as características que os grãos devem apresentar para que sejam considerados adequados a essa finalidade. O mercado de cevada cervejeira segue os padrões de qualidade estabelecidos na Portaria 691/96, do Mapa, segundo a qual a cevada para malte deve apresentar índices mínimos de 95% de poder germinativo e máximos de 13% para umidade, 12% para proteínas, 3% para matérias estranhas e 5% para grãos avariados. Além disso, é desejável que os grãos apresentem cor e cheiro característicos de palha.  Dessa maneira, cuidados devem ser tomados para evitar perdas nessa importante fase do processo de produção. A prática da dessecação por herbicidas não é recomendada por poder causar prejuízo ao poder germinativo e ao acúmulo de resíduos no grão. Além disso, não existem produtos registrados para o uso em cevada.
Aconselha-se efetuar a colheita em dias secos, evitando-se as primeiras horas da manhã e, sempre que possível, quando o teor de umidade do grão estiver abaixo de 15%, de maneira a evitar o processo de secagem artificial e a colheita de grãos verdes. 
A máquina colhedora deve ser adequadamente regulada, a fim de se evitar perdas de grãos retidos nas espigas, descascamento e quebra de grãos e o recolhimento de materiais estranhos. Deve-se colher as áreas da lavoura com manchas de plantas/espigas/grãos ainda verdes em separado das áreas maduras/secas.
 

Pré-limpeza

Essa operação é recomendada para a remoção de impurezas, bem como de grãos tipo refugo, que não interessam ao fabricante de malte. O refugo poderá ser utilizado na propriedade na alimentação de animais ou, então, ser vendido a fabricantes de ração, conseguindo-se, em geral, remuneração superior à praticada pelas indústrias de malte para esse tipo de grão.  Recomenda-se, para essa operação, o uso de peneiras de 1,8 mm de largura.  

Secagem

Os teores de umidade de grão recomendados para a conservação de cevada são de 13%, para períodos relativamente curtos, e de 12%, para períodos mais longos.  Dessa maneira, toda a produção colhida com umidade superior às indicadas para armazenamento deve ser secada previamente.  Como a manutenção de poder germinativo é indispensável, o emprego de temperaturas excessivamente elevadas durante o processo de secagem pode ser altamente prejudicial.
A temperatura máxima indicada para a secagem de cevada para malte é de 45 ºC, medida na massa de grãos, que é, em geral, conseguida usando-se temperatura próxima a 65 ºC, medida na entrada de ar dos secadores. Para lotes com mais de 16% de umidade, recomenda-se a secagem em etapas, retirando-se em torno de 3% de umidade por etapa.  A operação de secagem deve ser realizada imediatamente após a colheita.



quarta-feira, 11 de abril de 2018

Doenças da Cevada

Doenças do sistema radicular

As podridões radiculares ocorrem em quase todas as lavouras na região Sul do país e ocasionam, em determinados anos, danos severos à cultura de cevada. Os principais organismos associados a essas doenças são Bipolaris sorokiniana, agente causal da podridão comum de raízes, e Gaeumannomyces graminis var. tritici, agente causal do mal-do-pé.
A podridão comum ocorre de forma generalizada na lavoura e causa redução acentuada na capacidade de absorção de água e de nutrientes pelas raízes (provoca falhas na granação das espigas, deixando-as eretas, e impede o dobramento normal das espigas de cevada). Isso ocasiona o desenvolvimento de plantas com pouco vigor e, consequentemente, suscetíveis ao ataque de outras doenças.
O mal-do-pé, geralmente, causa manchas ou reboleiras de plantas mortas. Seus danos, entretanto, podem variar desde plantas mortas isoladas até a destruição total da lavoura.
A monocultura de cevada, de trigo, de triticale, de centeio ou de outras gramíneas, como o azevém, é a principal causa de ocorrência dessas doenças.
 
Medidas de controle
Como ainda não se dispõem de cultivares resistentes a essas doenças, e o uso de fungicidas no solo é inviável, restam como opções as seguintes medidas de controle, que devem ser aplicadas conjuntamente:
a) Rotação de culturas
Para a redução da população desses fungos no solo e dos danos por eles causados à cultura, indica-se plantar cevada em áreas com, no mínimo, um inverno sem esse cereal, sem trigo, sem centeio, sem triticale ou pastagem (gramínea), exceto aveia. Isso significa que o produtor poderá voltar a cultivar cevada após um inverno de rotação.
Culturas como o linho, a canola e as leguminosas em geral constituem as melhores opções num sistema de rotação, com vistas ao controle dessas doenças.
As aveias são praticamente imunes ao mal-do-pé. Entre as aveias branca, preta e amarela, a aveia preta é a mais resistente à podridão comum. Dessa maneira, as aveias em geral e, especialmente a preta, constituem opção aos agricultores que não tenham outra alternativa e/ou que têm problemas de mal-do-pé na lavoura, desde que não repetidas por mais de um ano na sequência de rotação.
 
b) Áreas livres de gramíneas
Durante o período de rotação ou de pousio, indica-se eliminar ou reduzir ao máximo a presença de gramíneas invasoras ou cultivadas (azevém, trigo, cevada, centeio e triticale espontâneos).  Essa medida tem por objetivo evitar a perpetuação de fungos no solo e aumentar o nível de inóculo em restos culturais.

Tratamento de semente

As sementes de cevada, frequentemente, encontram-se infectadas por fungos patogênicos, entre eles Drechslera teres e Bipolaris sorokiniana.
Para evitar a introdução de organismos patogênicos, principalmente em áreas onde se pratica a rotação de culturas, indica-se o tratamento de sementes com um dos fungicidas apresentados na Tabela 1, onde estão listados todos os fungicidas (para sementes e parte aérea), e respectivas doses, registrados no Mapa para uso em cevada. A eficácia dos fungicidas indicados para o tratamento de sementes depende, fundamentalmente, da uniformidade de distribuição dos produtos sobre elas. Para tanto, os fungicidas devem ser adicionados parceladamente para que todas as sementes sejam cobertas de maneira uniforme. Resultados de pesquisa mostram que combinações das moléculas químicas iprodiona (para os fungos Bipolaris sorokiniana e Drechslera siccans) ou difenoconazol (para os fungos Bipolaris sorokiniana e Drechslera siccans) com carbendazim (para o fungo Fusarium graminearum) apresentam eficácia para o controle desses fungos associados a sementes. Entretanto, esses produtos não estão registrados junto ao Mapa para essa finalidade. Vale destacar que resultados de pesquisa também mostram que o oídio da cevada teve a sua sensibilidade reduzida ao triadimenol.
 
Tabela 1. Fungicidas registrados no Mapa para uso em cevada.
Marca comercial
Ingrediente ativo (grupo químico)
Concentração i.a.
Comercial (P.C.)
Patógeno alvo*
Registrante
Alterne
tebuconazol (triazol)
200 g/L
0,75 L/ha
Bs
Dt
Adama Brasil S/A - Londrina
Artea
ciproconazol (triazol)
propiconazol (triazol)
80 g/L
250 g/L
0,25-0,30 L/ha
Bs
Dt
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – São Paulo
Attic
iprodiona (dicarboximida)
500 g/L
30-50 g i.a./100 kg semente
Dt
FMC Química do Brasil Ltda. - Campinas
Azimut**
azoxistrobina (estrobilurina)
tebuconazol (triazol)
120 g/L
200 g/L
0,50 L/ha
Dt
Ph
Adama Brasil S/A - Londrina
Bayfidan EC
triadimenol (triazol)
250 g/L
0,75 L/ha
Dt
Ph
Bgh
BAYER S.A. São Paulo/ SP
Baytan FS**
triadimenol (triazol)
150 g/L
200-270 mL 100 kg semente
Bgh
Dt
BAYER S.A. São Paulo/ SP
Biver
epoxiconazol (triazol)
125 g/L
0,75 L/ha
Dt
Ph
Cheminova Brasil Ltda. – São Paulo
Bumper
propiconazol (triazol)
250 g/L
0,50 L/ha
Bs
Dt
Adama Brasil S/A - Londrina
Burgon
propiconazol (triazol)
250 g/L
0,25-0,30 L/ha
Bs
Dt
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – São Paulo
Comet
piraclostrobina (estrobilurina)
250 g/L
0,80 L/ha
Bs
Dt
BASF S.A. – São Paulo
Constant
tebuconazol (triazol)
200 g/L
0,75 L/ha
Bs
Dt
Bgh
Ph
BAYER S.A. São Paulo/ SP
Elite
tebuconazol (triazol)
200 g/L
0,75 L/ha
Bs
Dt
Ph
BAYER S.A. São Paulo/ SP
Erradicur
tebuconazol (triazol)
200 g/L
0,75 L/ha
Dt
Ph
Genbra Distribuidora de Produtos Agrícolas Ltda.
Fagot
trifloxistrobina (estrobilurina)
ciproconazol (triazol)
187,5 g/L
80 g/L
0,30 L/ha (Bgh)
0,30-0,50 L/ha (Ph)
Bgh
Ph
BAYER S.A. São Paulo/ SP
Ferrax
tebuconazol (triazol)
200 g/L
150 g i.a.
Dt
Ph
Cheminova Brasil Ltda. – São Paulo
Folicur EC
tebuconazol (triazol)
250 g/L
0,75 L/ha
Dt
Bgh
Ph
BAYER S.A. São Paulo/ SP
Folicur PM
tebuconazol (triazol)
250 g/kg
0,75 L/ha
Dt
Bgh
Ph
BAYER S.A. São Paulo/ SP
Folicur 200 EC
tebuconazol (triazol)
200 g/L
0,75 L/ha
Dt
Bgh
Ph
BAYER S.A. São Paulo/ SP
Guapo
cresoxim-metílico (estrobilurina)
epoxiconazol (triazol)
125 g/L

125 g/L
0,60-0,80 L/ha
Dt
Bs
Adama Brasil S/A - Londrina
Jade
procloraz (imidazolilcarboxamida)
450 g/L
1,00 L/ha
Dt
Adama Brasil S/A - Londrina
Juno
propiconazol (triazol)
250 g/L
0,50 L/ha
Dt
Bs
Adama Brasil S/A - Londrina
Keep 125 SC
epoxiconazol (triazol)
125 g/L
0,50-0,70 L/ha
Dt
Bs
Ph
Adama Brasil S/A - Londrina
Manzate 800
mancozebe [alquilenobis (ditiocarbamato)]
800 g/kg
2,5 kg/ha
Dt
United Phosphorus do Brasil Ltda.
Nativo
trifloxistrobina (estrobilurina)
tebuconazol (triazol)
100 g/L
200 g/L
0,60 L/ha (Bgh e Ph)
0,60-0,70 L/ha (Dt)
Bgh
Dt
Ph
BAYER S.A. São Paulo/ SP
Opera
epoxiconazol (triazol)
piraclostrobina (estrobilurina)
50 g/L
133 g/L
1,00 L/ha
Dt
Bs
BASF S.A. – São Paulo
Opus SC
epoxiconazol (triazol)

125 g/L
0,75 L/ha
Bs
BASF S.A. – São Paulo
Orius 250 EC
tebuconazol (triazol)
250 g/kg
0,60 L/ha
Dt
Bs
Adama Brasil S/A - Londrina
Pladox
epoxiconazol (triazol)
piraclostrobina (estrobilurina)
50 g/L
133 g/L
1,00 L/ha
Dt
Bs
BASF S.A. – São Paulo
Praise
epoxiconazol (triazol)

125 g/L
0,75 L/ha
Bs
BASF S.A. – São Paulo
Premis**
triticonazol (triazol)
200 g/L
225 mL/100 kg semente
Dt
BASF S.A. – São Paulo
Primo
azoxistrobina (estrobilurina)
ciproconazol (triazol)
200 g/L
80 g/L
0,30 L/ha
Dt
Ph
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – São Paulo
Priori
azoxistrobina (estrobilurina)

250 g/L
0,20 L/ha
Dt
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – São Paulo
Priori Top
azoxistrobina (estrobilurina)
difenoconazol (triazol)
200 g/L
125 g/L
0,30-0,40 L/ha
Dt
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – São Paulo
Priori Xtra
azoxistrobina (estrobilurina)
ciproconazol (triazol)
200 g/L
80 g/L
0,30 L/ha
Dt
Ph
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – São Paulo
Propiconazole Nortox
propiconazol (triazol)
250 g/L
0,60-0,75 L/ha
Dt
Ph
Bgh
Nortox S.A.
Prospect
epoxiconazol (triazol)
piraclostrobina (estrobilurina)
50 g/L
133 g/L
1,00 L/ha
Dt
Bs
BASF S.A. – São Paulo
Regio
epoxiconazol (triazol)
125 g/L
0,75 L/ha
Bs
BASF S.A. – São Paulo
Riza 200 EC
tebuconazol (triazol)
200 g/L
0,75 L/ha
Dt
Ph
Cheminova Brasil Ltda. – São Paulo
Rovral SC**
Iprodiona (dicarboxamida)
500 g/L
100 mL/ 100 kg semente
Dt
FMC Química do Brasil Ltda. - Campinas
Rubric
epoxiconazol (triazol)
125 g/L
0,75 L/ha
Dt
Ph
Cheminova Brasil Ltda. – São Paulo
Sauvage
tebuconazol (triazol)
200 g/L
150 g i.a.
Dt
Ph
Cheminova Brasil Ltda. – São Paulo
Soprano 125 SC
epoxiconazol (triazol)
125 g/L
0,50-0,75 L/ha
Dt
Bs
Ph
Adama Brasil S/A - Londrina
Spectro**
difenoconazol (triazol)
150 g/L
200 mL/100 kg semente
Dt
Bs
Bgh
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – São Paulo
Sphere Max
trifloxistrobina (estrobilurina)
ciproconazol (triazol)
375 g/L
160 g/L
0,20 L/ha
Bgh
Ph
BAYER S.A. São Paulo/ SP
Sportak 450 EC
procloraz (imidazolilcarboxamida)
450 g/L
1,00 L/ha
Dt
FMC Química do Brasil Ltda. - Campinas
Standak Top**
piraclostrobina (estrobilurina)
tiofanato-metílico [benzimidazol (precursor de)]
fipronil (pirazol)
25 g/L

225 g/L

250 g/L
200 mL/100 kg semente
Pythium spp.
Aspergillusspp.
Penicillium spp.
Fusarium graminearum
BASF S.A. – São Paulo
Tebuco Nortox
tebuconazol (triazol)
200 g/L
0,75 L/ha
Dt
Bs
Nortox S.A.
Tebuconazole CCAB 200 EC
tebuconazol (triazol)
200 g/L
0,75 L/ha
Dt
Ph
CCAB Agro S.A. – São Paulo
Tebuconazole Nortox
tebuconazol (triazol)
200 g/L
0,75 L/ha
Dt
Bs
Nortox S.A.
Tebuconazole Nortox 200 EC
tebuconazol (triazol)
200 g/L
0,75 L/ha
Dt
Bs
Nortox S.A.
Tilt
propiconazol (triazol)
250 g/L
0,50 L/ha
Dt
Bs
Bgh
Ph
Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. – São Paulo
Triade
tebuconazol (triazol)
200 g/L
0,75 L/ha
Dt
Bs
Bgh
Ph
BAYER S.A. São Paulo/ SP
Vincit 50 SC**
flutriafol (triazol)
50 g/L
150-200 mL/100 kg semente
Dt
Alternariaalternata
Cheminova Brasil Ltda. – São Paulo
Virtue
epoxiconazol (triazol)
125 g/L
0,75 L/ha
Bs
BASF S.A. – São Paulo
Vitavax Thiram 200 SC**
carboxina (carboxanilida)
tiram (dimetilditiocarbamato)
200 g/L
200 g/L
250-300 mL/100 kg semente
Aspergillusspp.
Alternaria spp.
Alternariaalternata
Phoma spp.
Penicillium spp.
Fusariumgraminearum
Dt
Bs
Chemtura Indústria Química do Brasil Ltda. – São Paulo
Vitavax-Thiram WP**
carboxina (carboxanilida)
tiram (dimetilditiocarbamato)
375 g/kg
375 g/kg
250 g/100 kg semente
Aspergillusspp.
Alternaria spp.
Alternariaalternata
Penicillium spp.
Dt
Bs
Chemtura Indústria Química do Brasil Ltda. – São Paulo
Warrior
epoxiconazol (triazol)
125 g/L
0,75 L/ha
Ph
Dt
Cheminova Brasil Ltda. – São Paulo
*Bs: Bipolaris sorokiniana (mancha marrom, podridão comum da raiz); Dt: Drechslera teres (mancha em rede, mancha reticular); Bgh: Blumeria graminis f.sp. hordei (oídio, cinza); Ph: Puccinia hordei (ferrugem da folha);
**Fungicida para tratamento de sementes.
Fonte: relatório consolidado de produtos formulados registrados para a cultura da cevada, AGROFIT. Disponível: http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons, acesso em 23 out. 2015.

Doenças da parte aérea

Em decorrência de condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento de fungos e à suscetibilidade do material em cultivo, a lavoura de cevada pode ter seu rendimento severamente prejudicado pelo ataque de doenças fúngicas da parte aérea.
Na região Sul do Brasil, as doenças de maior importância são:  mancha marrom (Bipolaris sorokiniana), mancha reticular (Drechslera teres), oídio (Blumeria graminis f.sp. hordei), ferrugem da folha (Puccinia hordei), septoriose (Phaeosphaeria nodorum), brusone (Magnaporthe oryzae) e giberela (Fusarium graminearum). Além dessas, podem ocorrer esporadicamente a escaldadura (Rhynchosporium secalis), a ferrugem do colmo do trigo (Puccinia graminis f. sp. tritici), o carvão nu (Ustilago nuda) e o carvão coberto (Ustilago hordei).
 
Medidas de controle
As medidas indicadas para o controle das principais doenças da parte aérea são:
a) Rotação de culturas
Essa prática cultural exerce papel extremamente importante na redução do potencial de inóculo de organismos patogênicos associados ao solo e aos restos culturais de cevada.  A rotação cultural é uma medida eficiente no controle da mancha marrom, da mancha reticular, da escaldadura e da septoriose.
b) Tratamento de semente
O tratamento de semente é indicado para o controle de patógenos transmitidos pela semente. Preferencialmente, deverá ser empregado quando se pretende usar áreas novas ou áreas em rotação de culturas e/ou quando a germinação estiver abaixo dos padrões, em decorrência da presença de fungos. A monocultura de cereais de inverno em uma mesma área pode ser responsável pelo aumento do inóculo de fungos que atacam o sistema radicular e os órgãos aéreos de plantas.
c) Tratamento da parte aérea
O uso de fungicidas na parte aérea de plantas de cevada deve ser realizado como parte de um sistema integrado, em suplementação às medidas de controle gerais, como rotação de culturas, tratamento de semente, uso de cultivares resistentes e observância das demais indicações da pesquisa para a produção comercial.
O sistema indicado para o controle químico é dinâmico, e o critério de decisão é a existência de um nível crítico de severidade de doenças.
Toda a decisão técnica deve ser tomada levando-se sempre em conta o conhecimento sobre a reação da cultivar usada, uma vez que existem diferenças quanto ao grau de resistência/suscetibilidade entre as indicadas para cultivo (Tabela 1 do item Cultivares).
Para o controle de manchas foliares de rápida proliferação, como mancha marrom e mancha reticular, a aplicação de fungicidas sistêmicos isoladamente ou em misturas formuladas deve ser realizada quando as plantas na lavoura apresentarem níveis médios de severidade (área foliar infectada) entre 2% e 3%, correspondendo à incidência de 20% a  40%. Aplicar novamente quando o nível crítico de 3% de severidade for atingido, até o estádio de grãos em massa mole. Embora sejam de período residual mais longo, as misturas formuladas de triazol com estrobirulina apresentam controle inicial mais lento que os triazois isoladamente.
Para controle de oídio e ferrugem da folha em cultivar altamente suscetível, a aplicação deve ser feita quando o nível de severidade atingir entre 1% e 2%, respectivamente. Reaplicar quando o nível crítico de severidade for atingido novamente. Nas cultivares suscetíveis ao oídio, a primeira aplicação pode também ser feita com fungicida específico para esta doença. 
Embora o controle químico de brusone e de giberela com certos fungicidas seja tecnicamente viável, no momento não há produto comercial com registro no Mapa para controle dessas doenças em cevada.
Fatores a serem considerados antes da aplicação de fungicidas
a) Diagnose correta.
A diagnose correta da(s) doença(s) ocorrente(s) será importante para a escolha do fungicida mais eficiente.
b) Estádio limite de aplicação.
O limite para aplicação de fungicidas vai até o estádio de grãos em massa mole.
c) Técnicas corretas de aplicação.
Além da exigência de potencial de rendimento, da diagnose correta de doenças e da escolha do produto mais eficiente, o sucesso do uso de fungicidas depende fundamentalmente da técnica de aplicação empregada.  Como consequência, essa é uma prática que exige, em todas as suas fases, a participação da assistência técnica. É importante considerar também:
  • a época de aplicação de fungicidas é um dos fatores mais importantes para a obtenção de resultado positivo;
  • a reação (suscetibilidade/resistência) da cultivar define o momento da aplicação, bem como o gradiente de evolução da doença;
  • a adição de espalhante adesivo; 
  • evitar aplicação em dias com possibilidade de chuva;
  • evitar aplicações  de quatro a cinco dias após geadas fortes.
 

Técnicas indicadas para a aplicação de fungicidas

Os fungicidas poderão ser aplicados de forma terrestre ou aérea, usando-se equipamentos adequados para cada caso.
Aplicações terrestres de fungicidas para o controle de doenças da parte aérea deverão obedecer aos seguintes parâmetros:
  • volume de calda: 100 a 200 L/ha
  • diâmetro médio volumétrico (DMV) da gota: 200 a 400 µm
  • número de gotas/impactos por cm2:
    • 30 a 40 para os fungicidas sistêmicos e
    • 70 a 80 para os fungicidas de contato.


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