segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Principais Pragas da Araucária



Entre as espécies de insetos que ocorrem no pinheiro-do-paraná, os danos mais severos são causados por:

Cydia araucariae (Lepidoptera: Tortricidae)

Adultos: medem de 15 mm 20 mm de envergadura, e o macho geralmente é menor do que a fêmea. Apresentam coloração marrom, sendo que na asa anterior há duas faixas transversais iniciando paralelamente à margem posterior e curvando-se opostamente na margem anterior. Machos e fêmeas possuem antenas filiformes. Apresentam hábito diurno.
Lagartas: possuem a cabeça marrom e o corpo branco, cinza ou verde claro, dependendo da alimentação. A postura ocorre preferencialmente nas pinhas, sendo menos frequente nas folhas, ramos, brotos terminais e cones masculinos. A pupa é formada dentro ou fora do substrato da planta, dentro de um casulo de teia.
Danos: este inseto é responsável pela inviabilidade de grande parte das sementes da araucária, podendo reduzir a produção de sementes viáveis em até 64 %.
Ocorrência: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Misiones, na Argentina.
Evidência do ataque: a existência de uma fina serragem na base da pinha ou da gema apical indica a presença da praga.

Dirphia araucariae (Lepidoptera: Saturniidae)

Adultos: medem de 65 mm a 110 mm de envergadura, com o macho geralmente menor do que a fêmea. A cabeça e tórax são de coloração marrom-escura, e o abdômen, marrom-avermelhado ou alaranjado, com estrias pretas, transversais. As asas apresentam vários tons de marrom, e a asa anterior apresenta duas linhas brancas muito salientes. Os machos têm antenas filiformes, e as fêmeas, pectinadas e geralmente com abdômen mais volumoso. Apresentam hábitos noturnos.
Lagartas: de coloração verde e com espinhos muito compridos.
Ciclo biológico: dura de 5 a 7 meses, com duas gerações por ano. A postura é feita geralmente no tronco da araucária, mas também pode ocorrer no ramos e copa do pinheiro. Posteriormente, as larvas sobem para as copas e alimentam-se das acículas. A pupa é formada no solo, sob a matéria orgânica em decomposição.
Danos: consomem grande parte das acículas das árvores, porém, não atacam os brotos apicais.
Ocorrência: Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Evidência do ataque: o ataque pode ser evidenciado pela desaciculação, em função da alimentação das larvas. Porém, os brotos apicais não são danificados pois eles encontram-se muito aderidos dificultando o acesso das larvas às suas bordas, onde inicia a alimentação.

Elasmopalpus lignosellus (Lepidoptera: Pyralidae)

Adulto: apresentam de 15 mm a 20 mm de envergadura e possuem asas anteriores acinzentadas.
Lagartas: quando completamente desenvolvidas, medem 15 mm de comprimento. São de coloração verde-azulada e são muito ativas.
Danos: lesionam o colo das plantas jovens.
Ocorrência: Ásia, América do Norte, América Central, Oceania e América do Sul. No Brasil, está presente na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.
Evidência do ataque: lesões causadas pela alimentação das larvas.

Fulgurodes sartinaria (Lepidoptera: Geometridae)

Adultos: apresentam, nas asas, desenhos irregulares e indefinidos, em forma de mosaico, de contorno, e tonalidade marrom, com fundo branco. Os machos são menores do que as fêmeas. O abdômen é mais volumoso nas fêmeas. As antenas são bipectinadas nos dois sexos. Na fêmea, as ramificações são curtas e quase despercebidas. As fêmeas realizam suas posturas durante o dia, dispondo os ovos quase sempre isoladamente ou em grupos de 2 a 4, ao longo das acículas.
Lagarta: possui a cabeça e o dorso pretos, com duas listras longitudinais claras ao longo do corpo, nas regiões dorso-lateral e lateral. Em estágios mais desenvolvidos, possuem a cabeça esverdeada e corpo verde com listras longitudinais brancas.
Danos: desfolhamento das plantas. As lagartas cortam grande quantidade de acículas, que, em sua maioria, caem ao chão antes de serem consumidas, deixando uma espessa camada de acículas no solo.
Ocorrência: São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.
Evidência do ataque: camada de acículas próxima às árvores atacadas, devido à alimentação das lagartas.




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