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terça-feira, 1 de outubro de 2019

Solos para Gergelim



Solos
A cultura do gergelim caracteriza-se por nível razoável de resistência às condiçõesde baixa umidade e fertilidade do solo, nas quais é possível obter produtividades acima da média mundial. Apesar de cultivável em diversos tipos de solo, a planta atinge a plenitude em solos profundos, de pelo menos 60 cm, bem drenados e de boa fertilidade natural, francos do ponto de vista textural, desde franco-arenosos até francoargilosos, descartando-se as texturas extremas.
Tem preferência por solos de reação neutra, com pH próximo de  7,0. Não tolera acidez elevada, ou seja, abaixo de pH 5,5; nem alcalinidade excessiva, isto é, acima de pH 8,0; por ser uma planta extremamente sensível à salinidade, e, mais ainda, à alcalinidade, em virtude do sódio trocável que, dependendo de sua concentração, pode ornar-se tóxico ao seu metabolismo.
No Nordeste brasileiro, predominam nas regiões produtoras de gergelim os seguintes tipos de solo: Podzólico Vermelho-
Amarelo equivalente eutrófico; Vertissolos; Bruno Não Cálcico; Solos Litólicos eutróficos;
Planossolos Solódicos; Solonetz Solodizado; Latossolos Vermelho-Amarelo distróficos; Areias Quartzosas distróficas e Cambissolo eutrófico. Isso mostra que o gergelim é uma cultura que pode ser produzida em diferentes tipos de solo, apresentando, portanto, ampla adaptação às
diversas condições edáficas.
As recomendações de correção de acidez e de adubação devem ser feitas com base em resultados de análise química e física do solo, as quais devem basear-se em amostras retiradas da camada arável, normalmente a mais intensamente alterada seja por arações e gradagens, seja pela adição de corretivos, de fertilizantes e de restos culturais. 
Para minimização de custos, a adubação deve pautar-se sempre pela relação custo/benefício.
O gergelim se desenvolve bem em diversos tipos de solo; porém, a planta atinge a plenitude em solos profundos, pelo menos 60 cm, bem drenados e de boa fertilidade natural, francos do ponto de vista textural, desde franco-arenosos até franco-argilosos. Os solos muito argilosos devem ser evitados, pois as plantas são extremamente susceptíveis, mesmo a curtos períodos de alagamento, e em qualquer estádio do seu desenvolvimento. A planta tem preferência por solos de reação neutra, pH próximo de 7,0, não tolera acidez elevada, abaixo de pH 5,5, nem alcalinidade excessiva, acima de pH 8,0, sendo extremamente sensível à salinidade, e especialmente à alcalinidade, em virtude do sódio trocável que pode tornar-se tóxico ao metabolismo da planta, dependendo da concentração.
Por ser sensível aos sais, deve-se ter cuidado com o cultivo do gergelim em áreas irrigadas no Nordeste do Brasil, onde várias áreas em diversos Perímetros Irrigados já apresentam problemas de salinização. No início do desenvolvimento da plântula, o gergelim apresenta tolerância à salinidade; porém, nos demais estádios de crescimento, é extremamente sensível.
Nas regiões produtoras de gergelim no Nordeste brasileiro, predominam os solos: Podzólico Vermelho-Amarelo Equivalente eutrófico, Vertissolos, Bruno Não–Cálcico, Solos Litólicos eutróficos, Planossolos solódicos, Solonetz solodizado, Latossolos Vermelho-Amarelo distróficos, areias quartzosas distróficas e Cambissolo eutrófico, o que reflete a ampla adaptação da cultura à diversidade edáfica, pois, nessas condições, tem sido possível obter produtividades acima da média mundial. Em solos da região de Cerrado, como é o caso dos Oxissolos e Ultissolos, ocorre considerável quantidade de alumínio trocável, e, por isso, deve ser dada atenção especial  à correção do solo via calagem.

Figura 1. Solo para cultivo de gergelim textura arenosa

O gergelim se desenvolve bem em diversos tipos de solo, porém, a planta atinge um melhor desenvolvimento em solos profundos, com profundidade de pelo menos 60 cm, bem drenados e de boa fertilidade natural – francos do ponto de vista textural, desde franco-arenosos até franco-argilosos. Os solos muito argilosos devem ser evitados, pois as plantas são extremamente susceptíveis ao encharcamento, mesmo quando submetidas a curtos períodos de alagamento, e em qualquer estádio do seu desenvolvimento. A planta tem preferência por solos de reação neutra (pH próximo de 7,0), não tolera acidez elevada (pH abaixo de 5,5), nem alcalinidade excessiva (pH acima de 8,0), e é extremamente sensível à salinidade e, especialmente, à alcalinidade, em virtude do sódio trocável, que pode tornar-se tóxico ao metabolismo da planta, dependendo da concentração.
SOLO- requer solos férteis, profundos, bem drenados, evitando-se os que se encharcam. Embora vegete bem em diversos tipos de solos, preferencialmente os solos leves facilitam o desenvolvimento do sistema radicular e, em consequência, o melhor desenvolvimento da planta.

Outra característica importante quando se trata da cultura do gergelim é a sua intolerância a falta de oxigênio no solo. Conforme avaliação realizada por Beltrão et al (2000) os efeitos do encharcamento do solo com a falta ou deficiência de oxigênio, mesmo que temporariamente, ocorre uma alta sensibilidade no processo fotossintético e consequentemente a diminuição do metabolismo e desenvolvimento do gergelim. 
A planta de gergelim é extremamente sensível à deficiência de oxigênio no solo, não suportando a hipoxia. A baixa tolerância do gergelim ao excesso de água no solo é fator de predisposição para instalação do problema nessa espécie devido às alterações morfofisiológicas sofridas na planta sob deficiência de oxigênio no solo... 
A tolerância a seca e a intolerância a falta de oxigênio no solo são características interligadas para o cultivo do gergelim, pois uma elevada pluviosidade ou uma irrigação inadequada podem levar ao encharcamento do solo e consequentemente diminuição da sua oxigenação, se tornando num dos principais fatores limitantes para a cultura. 




segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Clima Para a Cultura do Gergelim



Clima
O gergelim é cultivado em regiões de clima tropical, subtropical e em zonas temperadas, e há grande diversidade de tipos bem adaptados a todas essas localidades. 
Os principais fatores climáticos que exercem influência direta sobre o desenvolvimento do
gergelim são: temperatura, precipitação, luminosidade e altitude. As temperaturas médias ideais para o crescimento e o desenvolvimento da planta situam-se entre 25 °C e 30 °C, incluída ai a germinação das sementes.
Temperaturas abaixo de 20 °C provocam atraso na germinação, e se inferiores a 10 °C paralisam todo o metabolismo da plantalevando-a à morte. 
Temperaturas médias de 27 °C favorecem o crescimento vegetativo, bem como a maturação dos frutos do gergelim.
Quedas de temperatura durante o período de maturação afetam a qualidade das sementes e do óleo.
A maximização do rendimento depende de precipitações pluviométricas variáveis de 500 e 650 mm anuais, e distribui-se da seguinte maneira: 35%, da germinação ao florescimento; 45% durante o florescimento; e 20% no início da maturação dos frutos.
Em locais com precipitação anual inferior a 300 mm, a cultura pode produzir de 300 a 500 kg/ha de grãos. A exigência hídrica do gergelim está mais diretamente relacionada à distribuição do que à quantidade total de chuvas durante o período vegetativo da planta.
Por ser resistente à seca, o gergelim é muito sensível ao encharcamento do solo.
A umidade do solo é benéfica à floração e à frutificação, mas chuvas intensas provocam queda das flores e acamamento das plantas.
Em locais cujos períodos chuvosos são mais longos é necessário fazer ajustes na época de seu plantio, para que o excesso de chuvas não comprometa a maturação dos frutos e o rendimento da cultura. Para cultivares cujo ciclo varie de 90 a 100 dias, a época mais adequada à semeadura é o início dos três últimos meses do período chuvoso.
A maioria das cultivares produz bem até a altitude de 1.250 m. Acima disso as plantas não se desenvolvem, ficam raquíticas, pouco ramificadas e apresentam baixa produção. 
Apesar da grande diversidade do gergelim com relação à duração do número de horas diárias de luz solar (fotoperiodismo) predominam cultivares de dias curtos que requerem, para plena floração, cerca de 10 horas/dia de brilho solar..

Apesar da adaptabilidade a lugares secos, o gergelim pode ser cultivado em regiões mais úmidas tropicais e subtropicais. As temperaturas ideais para o crescimento e desenvolvimento da planta situam-se entre 25 °C e 30 °C, inclusive para germinação das sementes. Temperaturas abaixo de 20 °C provocam atraso na germinação e no desenvolvimento da planta, e abaixo de 10 °C todo o metabolismo fica paralisado, levando à morte da planta. Temperaturas superiores a 40 °C causam abortamento de flores e não enchimento de grãos. Temperaturas médias de 27 °C favorecem o crescimento vegetativo e a maturação dos frutos. Quedas de temperatura, durante o período de maturação, afetam a qualidade das sementes e do óleo, interferindo negativamente nos teores de sesamina e sesamolina.

O máximo de rendimento é obtido em precipitações de 500 mm a 650 mm de precipitações bem distribuídas durante o ciclo da cultura: com 35% da água no período da germinação ao florescimento; 45% durante o florescimento (Figuras 1A e 1B) e 20% no início de maturação dos frutos.

Foto: Nair Helena Castro Arriel
Figura 1A. Campo de gergelim em início de florescimento.

Foto: Nair Helena Casto Arriel
Figura 1B. Planta de gergelim com detalhes de flores e frutos.

A planta de gergelim possui resistência estomática bastante elevada à falta de umidade, o que faz com que transpire menos nos períodos críticos e resista mais à seca (HALL et al., 1979). Seu sistema radicular pivotante e raízes secundárias chegam a alcançar um metro de profundidade, o que possibilita acessar a água armazenada no subsolo e garantir boa produtividade, mesmo sob baixa disponibilidade hídrica (ARNON, 1972). Em locais com precipitação inferior a 300 mm.ano-1, a cultura pode produzir de 300 kg.ha-1 a 500 kg.ha-1 de grãos. A exigência hídrica da cultura está mais diretamente relacionada à distribuição do que à quantidade total de chuvas durante o período de cultivo da planta.

A umidade do solo é benéfica à floração e frutificação, mas chuvas intensas resultam em queda das flores e acamamento das plantas. Em regiões de período chuvoso mais longo, a época de plantio deve ser planejada, a fim de não comprometer a maturação dos frutos e o rendimento da cultura. Para cultivares de ciclo de noventa dias, o período mais adequado à semeadura é o início dos três últimos meses do período chuvoso.

Em relação à altitude, a maioria das cultivares produz bem até a altitude de 1.250 m. Acima disso, as plantas não se desenvolvem, ficam raquíticas, pouco ramificadas e com baixa produção.

Dois fatores climáticos são extremamente favoráveis ao cultivo do gergelim na região semiárida do Nordeste brasileiro: a umidade relativa do ar, em média 60%, e o número mínimo de 2.600 horas de brilho solar (fotoperíodo); essas condições contribuem para baixa incidência de doenças, maior desenvolvimento das plantas e obtenção de sementes de boa qualidade.




domingo, 29 de setembro de 2019

Importância Econômica do Gergelim



O gergelim apresenta ampla adaptabilidade às condições edafoclimáticas de clima quente; tem bom nível de resistência à seca e facilidade de cultivo, características que o transformam em excelente opção de diversificação agrícola e grande potencial econômico nos mercados nacional e internacional. Isso se deve à elevada qualidade de seu óleo, com aplicações nas indústrias alimentícias e de oleoquímica, que se encontra em plena ascensão, com aumento anual de aproximadamente 15% na quantidade de produtos industrializáveis para consumo, gerando demanda por produtos in natura e mercado potencial capaz de absorver quantidades superiores à oferta atual (BARROS et al., 2001; LANGHAM; WIEMERS, 2002).

O cultivo de gergelim se desenvolve principalmente em sistemas de produção de pequena escala, que utilizam a mão de obra familiar, e normalmente é consorciado com algodão, milho, feijão ou caupi, servindo de fonte alternativa de renda e alimento. Neste segmento, a exploração da cultura representa uma excelente opção agrícola por exigir práticas agrícolas simples e de fácil assimilação. Mantendo-se os atuais níveis de produtividade regional, pode-se expandir a área cultivada e abrir a possibilidade de se conquistar parcela do mercado externo com o excedente de produção em virtude da alta cotação dessa oleaginosa no comércio internacional, garantindo ao Nordeste e a outras regiões mais uma fonte de divisas. Em alguns países asiáticos, esta oleaginosa tem importância econômica e social significativa.

A produção mundial de gergelim é de, aproximadamente, 4,09 milhões de toneladas, obtidas em 6,62 milhões de hectares, com uma produtividade média de 617,40 kg de grãos por hectare. Os dez principais países produtores de gergelim são: Myanmar, Índia,  China,  Etiópia, Nigéria, Uganda, Tanzânia, Niger, Burkina Faso e Somalia, responsáveis por 81,77% da área colhida e por 81,38% da produção mundial de grãos de gergelim (FAO, 2012; KOURI; ARRIEL, 2009).

O Brasil é responsável por menos de 0,5% da área cultivada e da produção de gergelim, em âmbito mundial. No período de 2001 a 2010, a produção brasileira passou de 15 mil para 16 mil toneladas, em uma área colhida de 24 mil para 25 mil hectares. Nesse período, o rendimento médio da cultura no Brasil passou de 625 para 640 quilos de grãos por hectare, onde a produção é basicamente oriunda de pequenos e médios produtores dos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Bahia, Pernambuco, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, que utilizam a mão de obra familiar. Em 2011, o Brasil produziu 5 mil toneladas de grãos em 8 mil hectares, com uma produtividade de 625 kg de grãos por hectare (BARROS et al., 2001; KOURI; ARRIEL, 2009; FAO, 2012).

Atualmente, os estados brasileiros produtores de gergelim são: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais. Na maioria dos estados do Nordeste, a exploração ainda permanece em âmbito de subsistência, com poucos excedentes comercializáveis. O Estado de Goiás é o principal produtor de gergelim no Brasil, contribuindo com 67%, da produção nacional. Nesse estado já se cultivou uma área de 8 mil hectares, e, atualmente, possui uma área cultivada concentrada em 156 municípios, localizados nas mesorregiões do norte goiano (microrregião de Porangatu), do noroeste goiano (microrregião de São Miguel de Araguaia), do sudoeste goiano (microrregião de Quirinópolis) e do sul goiano (microrregião de Catalão).

É importante ressaltar que o cultivo do gergelim no Brasil sofre poucas alterações em termos de área plantada e produção, apesar de existirem novas tecnologias de cultivo à disposição dos agricultores. Apesar de ocorrem incrementos da produção em algumas regiões do País, existem diminuições em outras. Tal fato é atribuído a problemas climáticos (principalmente no Nordeste), pouco acesso dos agricultores a informações de mercado, falta de políticas públicas de incentivo à produção e, principalmente, a problemas relacionados com a comercialização.

Nos últimos anos, os preços praticados no mercado nacional e internacional configuram esta oleaginosa como excelente alternativa de exploração agrícola. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o volume exportado mundialmente corresponde a aproximadamente 30% da produção obtida. Em 2009, o valor médio da tonelada do produto exportado foi de US$ 1.240,86, enquanto o valor médio da tonelada do produto importado foi de US$ 1.393,01. Os principais países importadores são do mercado asiático, americano e europeu (China, Japão, Turquia, Coreia, Estados Unidos, Grécia, Israel, Alemanha, Arábia Saudita e Egito). Em relação ao valor da tonelada transacionada no ano de 2006, ocorreu um aumento de aproximadamente 50% nestes três últimos anos. Cerca de 90% do gergelim produzido mundialmente é destinado ao consumo alimentício. Os grãos são amplamente usados na indústria alimentícia, em especial de panificação, sendo o óleo também utilizado na culinária. Em 2009, o Brasil destacou-se com os melhores preços de exportação do gergelim no mercado internacional, com US$ 2.684,21 (FAO, 2012; KOURI; ARRIEL, 2009).

É crescente o interesse pelo cultivo do gergelim como cultura alternativa para diversificação agrícola em grande escala nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Cultura esta que pode ser usada em rotação após as culturas da soja, algodão ou milho ou cultivo de segunda safra, graças a sua tolerância ao estresse hídrico, altas temperaturas e ao ciclo curto de cultivo, que em cultivares precoces é de 90 dias.

Portanto, abre-se uma excelente oportunidade de divisas a partir para exploração da cultura do gergelim, com as regiões Centro-Sul e o Semiárido brasileiro, corroborado pelo fato de que, nos últimos 40 anos, a demanda mundial por produtos à base de gergelim cresceu 550%, conforme relatam Langham; Wiemers (2002).



sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Caracteristicas do Gergelim



O gergelim (Sesamum indicum L.), da família Pedaliácea, é uma das plantas oleaginosas mais antigas e usadas pela humanidade.
Considera-se a África o continente de origem do gergelim, porque ali existe a maioria das espécies silvestres do gênero Sesamum, ao passo que na Ásia se encontra uma riqueza de formas e variedades das espécies cultivadas. 
No Brasil do século 16, o gergelim foi introduzido, na Região Nordeste, pelos portugueses, e foi tradicionalmente plantado para consumo local. Na Venezuela, desenvolveu-se como cultura comercial em virtude das condições climáticas muito favoráveis, bem como dos trabalhos de pesquisa que difundiram tal cultura.
Na América do Norte, foi introduzido no fim do século 17 por escravos africanos.

Com ampla adaptabilidade às condições edafoclimáticas de clima quente, o gergelim tem bom nível de resistência à seca, e é fácil de ser cultivado: características que o transformam em excelente opção de diversificação agrícola por seu grande potencial econômico nos mercados nacional e internacional. Com efeito, tanto a elevada qualidade de seu óleo como sua alta concentração
– equivalente a 50%, em média, do peso da semente – favorecem a aplicação do gergelim na indústria alimentícia e na indústria química de óleos, as quais se encontram hoje em plena ascensão, em decorrência do aumento anual de, aproximadamente, 15% na quantidade de produtos industrializáveis para consumo, o que gera demanda por produtos in natura e mercado
potencial capaz de absorver quantidadessuperiores à oferta atual.

Atualmente o gergelim é cultivado em 71 países, em especial da Ásia e da África.
A produção mundial é estimada em 3,16 milhões de toneladas, e, a superfície cultivada, em 6,56 milhões de hectares, com uma produtividade de 481,40 kg/ha. Índia e Myanmar são responsáveis por 49% da produção mundial de gergelim. O Brasil, por sua vez, é um pequeno produtor dessa planta, com 15 mil toneladas produzidas em 25 mil hectares, e com um rendimento em torno de 600,0 kg/ha (FAO, 2005). 
Além do cultivo tradicional na maioria dos estados nordestinos, o gergelim é cultivado também
em São Paulo, em Goiás (maior produtor), no Mato Grosso e em Minas Gerais.
No Nordeste, a exploração comercial do gergelim teve início em 1986, após a drástica redução no cultivo do algodão,embora seja explorado há mais de 60 anosna Região Centro-Sul do País, especialmente no Estado de São Paulo, para atender ao segmento agroindustrial oleaginoso e de
alimentos in natura.
Ainda que com produção inferior à da maioria das oleaginosas cultivadas, tais como soja, coco, dendê, amendoim, girassol e mamona, o cultivo do gergelim representa excelente opção agrícola ao alcance de pequenos e médios produtores, por exigir práticas agrícolas simples e de fácil assimilação.
Em virtude da alta cotação dessa oleaginosa no comércio internacional, se mantidos os atuais níveis de produtividade pode-se expandir a área cultivada de gergelim e conquistar-se parcela do mercado externo com o excedente de produção, garantindose, assim, ao Nordeste, e a outras regiões, mais essa fonte de divisas. Em alguns países asiáticos, essa oleaginosa tem significativa
importância econômica e social.
Desde 1986 a Embrapa Algodão, sediada em Campina Grande, PB, vem desenvolvendo projetos de pesquisa com enfoque nessa oleaginosa, que, além de ser tolerante à seca, e de fácil cultivo, apresenta alto potencial agronômico e pode ser usada em consórcio e na rotação de culturas. Consorciado com o algodão, o gergelim funciona como “culturaarmadilha” para a mosca-branca, e como controle de formigas cortadeiras. Trata-se de uma cultura que se insere tanto nos sistemas tradicionais de cultivo como na agricultura sustentável e orgânica.
Com grande heterogeneidade, anual ou perene, de características morfológicas, o gergelim mede de 50 cm a 3 m de altura,possui caule ereto, com ou sem ramificações,
com ou sem pelo, e sistema radicular pivotante. 
As folhas apresentam-se alternadas ou opostas, e as da parte inferior da planta adulta são mais largas e irregularmente dentadas ou lobadas, ao passo que as da parte superior são lanceoladas. As flores são completas e axilares, e variáveis de 1 a 3 por axila foliar.
O fruto possui forma de uma cápsula alongada, pilosa, deiscente (que, ao atingir a maturação, abre-se e espalha as sementes pelo chão), ou indeiscente (que não se abreao atingir a maturação), de 2 a 8 cm de comprimento conforme a variedade. 
As sementes são pequenas – mil delas pesam de 2 a 4 g dependendo da cultivar e do ambiente. A cor das sementes possui tons que variam do branco ao preto.




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