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sábado, 3 de outubro de 2015

Produção de Sementes e Plantio do Caupi


Produção de Sementes

A semente é o ponto de partida para se ter uma boa lavoura e, conseqüentemente, uma boa produção. Desse modo, uma lavoura destinada à produção de sementes deve obedecer às normas de produção de cada cultura. Essas normas são estabelecidas pelas Comissões Estaduais de Sementes e Mudas - CESMI's e devem ser observadas rigorosamente.
A produção de sementes pode ser feita em cultivo de sequeiro ou irrigado. No caso do cultivo de sequeiro é importante que o plantio seja feito em uma época que possibilite a colheita no final do período chuvoso, quando as chuvas são leves e esparsas. A colheita em período seco é de fundamental importância para uma boa qualidade das sementes. No cultivo irrigado, os turnos de irrigação devem ser escalonados de modo que a última irrigação seja feita no início da maturidade das vagens. Desse modo, a vagem alcança a maturidade em ambiente com baixa umidade, o que assegura uma alta qualidade de grãos.
A região Nordeste, particularmente nos meses secos, apresenta condições excelentes para produção de sementes sob irrigação. Na escolha do local é importante que sejam observados alguns aspectos: a área deve ser bem drenada; o solo deve ser fértil; e não deve estar infestado com ervas daninhas agressivas, que possam se misturar às sementes e serem levadas para outras áreas. É muito importante, também, que o solo esteja livre de doenças, que possam ter seus agentes causais veiculados por sementes e que não possam ser controlados por meio de tratamento dessas sementes. Não é recomendável usar a mesma área repetidas vezes para produção de sementes; é aconselhável adotar um manejo que quebre o ciclo das ervas, pragas e doenças, e possibilite recuperar o nível de fertilidade do solo.
O campo deve ser mantido livre de ervas durante todo o ciclo da cultura, principalmente na época da colheita. Isso reduz a possibilidade de sementes de ervas se misturarem às sementes do caupi e serem disseminadas para outras áreas de produção.
É necessário que seja feito o acompanhamento da lavoura quanto à ocorrência de pragas e doenças e que sejam tomadas medidas necessárias ao controle das mesmas. Isso é importante para que a lavoura seja mantida livre de pragas e doenças importantes e para que não seja comprometido o rendimento da cultura. É importante também que a semente tenha alto padrão fitossanitário.

Plantio

O plantio do feijão-caupi pode ocorrer em:
  • Áreas preparadas convencionalmente, onde comumente são utilizados arados e grades de diferentes tipos e dimensões.
  • Em áreas preparadas sob cultivo mínimo (reduzido) pela utilização do arado escarificador; apresentam vantagem sobre a anterior do ponto de vista conservacionista.
  • Plantio direto; no geral constitui-se em um sistema de implantação de cultura em solo não revolvido e protegido por cobertura morta, proveniente de restos de culturas, coberturas vegetais plantados para essa finalidade e de plantas daninhas controladas por método químico. O plantio direto constitui-se, sob o ponto de vista conservacionista, em um dos mais eficientes métodos de prevenção e controle de erosão, o que justifica a sua utilização.
Um bom plantio é o que distribui, em número, espaço, tempo e profundidade, a quantidade de sementes recomendada. Garante o número e a distribuição ideal de plantas (estande) até o momento da colheita, o que possibilita a obtenção de produtividade e lucros elevados. Muitos fatores podem interferir por ocasião da semeadura, o que afetará o estande desejado e a distribuição espacial das plantas na área, destacando-se:
  • Quantidade de sementes e adubo.
  • Uniformidade de semeadura.
  • Profundidade de semeadura.
  • Profundidade da fertilidade.
  • Tipo de preparo do solo.
  • Presença de torrões.
  • Grau de umidade no solo.
  • Compactação e encrostamento.
  • Tipo de solo.

Época de plantio

A melhor época de plantio para as variedades de feijão-caupi de ciclo médio (71 a 90 dias) é a metade do período chuvoso de cada região. Para as variedades de ciclo superprecoce (55 a 60 dias), o ideal é plantar uns dois meses antes de terminar o período chuvoso. Com isto evita-se que a colheita seja feita em períodos com maior probabilidade de ocorrência de chuvas.
No Nordeste brasileiro, o chamado período das chuvas é caracterizado pela irregularidade das precipitações pluviométricas, tornando a agricultura de sequeiro uma atividade econômica de alto risco, o qual pode ser reduzido pela utilização do plantio escalonado e do sistema policultivar.
O plantio escalonado consiste em distribuir variedades com diferentes características de ciclo de desenvolvimento, em diferentes épocas, dentro do intervalo de tempo mais indicado para plantio da cultura em cada região. Essa prática apresenta algumas vantagens, tais como:
  • Diminui os riscos de adversidades climáticas, pois o período crítico das variedades vai ocorrer em épocas diferentes.
  • Melhor distribuição das práticas de implantação e condução da lavoura, desde o preparo do solo até a colheita.
  • Maior proteção do solo contra erosão, pela cobertura do solo com plantas em diferentes estádios de crescimento.
  • Possibilidade de beneficiamento do produto em um maior intervalo de tempo, já que a colheita será escalonada.
  • Oportunidade de colocação do produto no mercado em épocas mais adequadas e por um maior período de tempo, aproveitando-se os períodos de maior elevação de preços pagos pelo produto.
No sistema policultivar, a única diferença do anterior é que as variedades de ciclos diferentes são plantadas no mesmo dia ( Freire Filho et al., 1982; Cardoso et al., 1992).
No caso da agricultura irrigada, têm-se uma maior flexibilidade quanto à indicação da melhor época de plantio, a qual deverá ser uma decisão econômica face às oscilações do preço de mercado do produto. No entanto, ressalta-se que se deve levar em consideração o ciclo da variedade, procurando-se aquelas mais precoces, produtivas e indicadas para cultivo irrigado, as quais devem ser plantadas em épocas apropriadas de maneira que o florescimento não coincida com os períodos de altas temperaturas.


Métodos de plantio

O feijão-caupi é cultivado em todo o território brasileiro, principalmente no Nordeste e Norte, onde se encontram os mais variados métodos de plantio, desde o mais rudimentar até a motomecanização com plantadeiras adubadeiras.


Plantadeira manual

É mais utilizado em pequenas propriedades, utilizando-se de enxada ou matraca. Esta última, também conhecida como "tico-tico", permite um maior rendimento de trabalho que a enxada.


Plantio à tração animal

São utilizadas plantadeiras simples, que contêm apenas os depósitos de sementes e de fertilizantes, possuindo dispositivos que permitem colocar o fertilizante em faixa, ao lado e abaixo da semente. Na regulagem da plantadeira deve-se levar em conta o tamanho, número de furos e a espessura da chapa ou do disco, facilitando a obtenção da quantidade de sementes desejada.


Plantio motomecanizado

A regulagem pode ser feita de modo semelhante às plantadeiras de tração animal. Algumas possuem mecanismo para facilitar a obtenção da quantidade de sementes desejada.


Densidade de plantas

Uma das causas da baixa produtividade de grãos do feijão-caupi é a escassez ou excesso do número de plantas por área. A escassez pode ser ocasionada por falhas que ocorrem na linha de plantio, podendo ser conseqüência da má regulagem da plantadeira, utilização de sementes de baixo vigor, danos causados por insetos ou doenças que matam as plantas ou por causa do plantio efetuado com pouca umidade no solo.
A densidade ótima de plantio é definida como o número de plantas capaz de explorar, de maneira mais eficiente e completa, uma determinada área do solo. Para determinada condição de solo, clima, variedade e tratos culturais, há um número ideal de plantas por unidade de área para se alcançar a mais alta produção.
Após alcançada a densidade ótima, os aumentos contínuos do número de plantas por unidade de área reduzem a produtividade de grãos. Este comportamento ocorre sob qualquer condição de manejo a que a cultura estiver submetida. A maior produção de grãos, normalmente, é obtida com uma densidade de plantio em torno de 50 a 60 mil plantas por hectare para variedades de porte ramador e de 70 a 90 mil plantas para as variedades de porte moita (Cardoso et al., 1997a; Cardoso et al., 1997b). 


Espaçamento entre fileiras

O número de plantas por área é função do espaçamento entre linhas de plantio e densidade de plantas na linha. O espaçamento de 0,80 a 1,00 m entre linhas em variedades de porte ramador é bastante utilizado. Para as variedades de porte moita o espaçamento mais indicado é o de 0,60 m. A densidade de sementes na linha de plantio é de seis a oito sementes por metro. Esses espaçamentos podem ser ajustados em função da textura do solo.
Plantando-se desta maneira haverá um melhor aproveitamento da energia solar interceptada pelas plantas, principalmente, nas regiões que apresentam grande intensidade luminosa como é o caso da região do Nordeste do Brasil.




sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Cultivares de Feijão-Caupi



A escolha correta da cultivar para um determinado ambiente e sistema de produção é de grande importância para a obtenção de uma boa produtividade. Contudo, isso por si só não é suficiente para o sucesso da exploração. É necessário, também, que a cultivar tenha características de grão e de vagem, que atendam às exigências de comerciantes e consumidores (Freire Filho et al., 2000).
Alguns aspectos importantes devem ser considerados na escolha de uma cultivar de feijão-caupi, quais sejam:
  • Ciclo (superprecoce: maturação em até 60 dias; precoce: 61-70 dias; médio: 71-90 dias; médio-precoce: 71-80 dias; médio-tardio: 81-90 dias; e tardio: maturação acima de 90 dias).
  • Arquitetura da planta (porte ereto: ramos principal e secundários curtos, com estes formando um ângulo de agudo a reto com o ramo principal; semi-ereto: ramos principal e secundários curtos a médio, com estes formando um ângulo reto com o ramo principal. semi-prostrado: ramos principal e secundários médios, com estes tocando o solo: e prostrado: ramos principais e secundários longos, com estes tocando o solo).
  • Reação a doenças (viroses, fungos e bactérias) e pragas (pulgões, trips, cigarinha verde, vaquinhas, mosca branca, mosca minadora das folhas, percevejos, lagartas e carunchos).
  • Tipo de produção (grãos secos ou feijão verde).

Para o cultivo de pequenas áreas, onde o produtor tem condições de fazer duas ou mais colheitas manuais, as cultivares mais indicadas são aquelas de ciclo médio. Para o cultivo de grandes áreas é importante que sejam utilizadas duas ou mais cultivares de ciclos diferentes. Isso reduz o risco de perda por veranico ou algum outro fator adverso, e faz com que a maturidade seja alcançada de forma escalonada, facilitando a colheita. Para o cultivo de safrinha, quando o feijão-caupi é semeado do meio para o fim da estação das chuvas, as cultivares mais indicadas são as de ciclo super-precoce, precoce e médio-precoce. No cultivo de vazante e no irrigado com alta tecnologia, exceção feita quando o objetivo é a produção de sementes de cultivares para plantio de sequeiro, devem ser usadas cultivares de ciclo super-precoce, precoce e médio-precoce. No cultivo irrigado isso é importante porque a cultura ocupa a área por menos tempo e proporciona um menor consumo de água e energia.
A arquitetura da planta de feijão-caupi é resultado da interação dos seguintes caracteres: hábito de crescimento, comprimento do hipocótilo, do epicótilo, dos entre-nós, dos ramos principal e secundários e do pedúnculo das vagens, da disposição dos ramos laterais em relação ao ramo principal e da consistência dos ramos. Esse último caráter tem grande influência no grau de acamamento das plantas. Para os cultivos tradicionais, geralmente em pequenas áreas e em consórcio, a arquitetura não é tão importante, mas deve ser dada preferência a cultivares semi-prostradas, com ramos de tamanho médio a longo. Para cultivos de sequeiro mais tecnificados e cultivos irrigados, a arquitetura passa a ter maior importância, devendo ser dada preferência por cultivares de porte mais compacto e mais ereto, de ramos curtos, que permitam, inclusive, a colheita mecânica.
Na região Meio-Norte são comercializados vários tipos de grãos de feijão-caupi, entretanto, os predominantes são os de cor mulata, sempre-verde e branco. Desses, os feijões branco e sempre-verde, em toda a cadeia comercial, são mais valorizados e obtêm os melhores preços, tanto no atacado como no varejo. Em relação a tamanho e forma, há uma preferência por grãos com peso de 100 grãos em torno de 18 g de formatos reniforme ou arredondado. Dessas características, entretanto, a cor parece ser o fator mais importante na formação do preço do produto. Portanto, é importante que o produtor procure usar cultivares que tenham grãos bem aceitos pelos comerciantes e consumidores.
Nas áreas semi-áridas, mais sujeitas à distribuição irregular das chuvas e a veranicos longos, devem ser usadas cultivares mais rústicas, mais tolerantes a estresses hídricos e com maior capacidade de recuperação após uma estiagem. Para áreas mais favorecidas e sistemas de produção em que são feitas correção de acidez de solo, aplicação de fertilizantes, controle de ervas e controle de pragas e de doenças, como no caso da região dos cerrados, devem ser usadas cultivares que respondam à melhoria na qualidade do ambiente.
Para produção de feijão verde (vagem verde ou grãos verdes) em pequenas áreas, deve ser dada preferência por cultivares semi-prostradas, com ramos médios a longos, com longo período de floração e frutificação, que possibilitem várias colheitas. Essas cultivares devem ter vagens atrativas para o comprador, devem ser uniformes, bem granadas, murchar mais lentamente e ter a relação de peso grão verde/peso vagem verde superior a 60%. Também devem ter a capacidade de preservar um bom aspecto pós-colheita e serem de fácil debulha manual. Os grãos devem ser claros para manter um bom aspecto pós-debulha. Grãos que escurecem com rapidez perdem o valor comercial. Para esse tipo de produção, há uma preferência por cultivares de vagens roxas e de grãos brancos.
Em ambos os tipos de produção, grãos secos e vagens verdes, é muito importante que as cultivares sejam bem adaptadas, tenham uma boa capacidade produtiva, um bom nível de resistência a doenças e pragas e um bom aspecto no campo.


Cultivares locais


Na região Meio-Norte, há um grande número de cultivares locais, as quais ainda são muito cultivadas, principalmente por pequenos e médios produtores, que produzem suas próprias sementes. Esse germoplasma possui uma variabilidade genética imensurável, a qual pode ser observada a partir dos diferentes tipos de grãos que são encontrados nas feiras livres e nos mercados das médias e grandes cidades. Há algumas características que são predominantes nas cultivares locais:
  • Em sua maioria são misturas varietais com cinco ou mais componentes.
  • Crescimento indeterminado e porte semi-prostrado ou prostrado.
  • Ciclo médio, de 71 a 90 dias.
  • Folhas globosas.
  • Vagens no nível ou acima da folhagem.
  • Comprimento médio de vagem em torno de 18,0 cm.
  • Número médio de grãos por vagem em torno de 14,0.
  • Peso médio de 100 grãos em torno de 19,0 g (Freire Filho et al., 1981).
Os nomes das cultivares locais geralmente são dados em função de alguma característica que se destaca na cultivar, em sua maioria relacionadas à cor ou forma dos grãos. Com base na portaria no 85, de 06 de março de 2002, 7ª parte, anexo XII, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o feijão-caupi pertence ao Grupo II (Feijão-de-corda, feijão-caupi ou feijão-macassar, espécie Vigna unguiculata (L.) Walp.) e tem as seguintes classes: Branco, Preto, Cores e Misturado (Brasil, 2002). Para facilitar o entendimento dessa classificação, dada a enorme diversidade de cores do feijão-caupi, Freire Filho et al. (2000) propuseram a inclusão de subclasses, nas classes Branco e Cores, visando a obter uma nomenclatura que pudesse ser usada por pesquisadores, técnicos, produtores, industriais, comerciantes e consumidores. Assim, as cultivares podem ser reunidas nas seguintes classes:
  • Classe Branco - cultivares com grão de tegumento de cor branca:
    • Subclasse Brancão - cultivares com grãos de tegumento de cor branca, rugoso, reniformes sem halo e relativamente grandes;
    • Subclasse Branca - cultivares com grãos de tegumento branco, liso, sem halo ou com halo, pequeno, com ampla variação de tamanhos e formas:
    • Subclasse Fradinho - cultivares com grãos brancos e com um grande halo preto, cultivadas principalmente nos Estados da Bahia e do Rio de Janeiro, e atualmente em expansão na região Sudeste.
  • Classe Preto - cultivares com grãos de tegumento preto, cultivadas principalmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina para adubação verde, e na Tailândia e Miamar, para alimentação humana.
  • Classe Cores - cultivares que tem grãos com tegumento com cores diferentes das classes Branco e Preto:
    • Subclasse Mulato - cultivares com grãos de tegumento de cor marrom claro a escuro, com ampla variação em tamanho e forma;
    • Subclasse Canapu - cultivares com grãos com tegumento de cor marrom claro, relativamente grandes, bem cheios, levemente comprimidos nas extremidades, com largura, comprimento e altura aproximadamente iguais;
    • Subclasse Sempre-Verde - cultivares com grãos de tegumento de cor esverdeada;
    • Subclasse Vinagre - cultivares com grãos de tegumento de cor vermelha;
    • Subclasse Corujinha - cultivares com grãos de tegumento mosqueado cinza ou azulado;
    • Subclasse Azulão - cultivares com grãos de tegumento azulado;
    • Subclasse Manteiga - cultivares com grãos de cor creme-amarelada, muito uniforme e que praticamente não se altera com o envelhecimento do grão;
    • Subclasse Verde - cultivares que têm o tegumento e/ou cotilédones verdes.
    • Subclasse Carioca - são cultivares que têm o tegumento de cor marrom com estrias longitudinais com tonalidade mais escura, semelhantes às do carioca do feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.). Essa característica ocorre em materiais silvestres e no cultigrupo sesquipedalis, mas não há informação de que haja cultivares comerciais dessa subclasse em nenhum país.
  • Classe Misturado - produto resultado da mistura de cultivares que não atende às especificações de nenhuma das classes anteriores.
Cultivares melhoradas

As diversas características desejadas em uma cultivar ideal, geralmente, estão presentes em diferentes cultivares ou mesmo não existem fenotipicamente, havendo, portanto, a necessidade de serem reunidas em uma mesma cultivar ou serem obtidas por meio da manipulação genética. Outro aspecto relacionado a essa questão é que os fatores bióticos e abióticos que formam o ambiente como também as exigências dos produtores, comerciantes e consumidores são dinâmicas. Além disso, a busca do aperfeiçoamento da exploração e da melhoria da produtividade e da qualidade exigem um trabalho permanente de criação e seleção de novas cultivares.
No início, o melhoramento do feijão-caupi foi voltado, principalmente, para o aumento da produtividade; posteriormente, para a resistência a doenças, principalmente às viroses; e, atualmente, além dessas duas características está sendo dada uma grande ênfase à qualidade de grão e à arquitetura da planta.
Características e produtividade das cultivares de feijão-caupi lançadas para as regiões Norte e Nordeste encontram-se nas Tabelas 1 e 2.


Tabela 1Características e produtividades das cultivares de feijão-caupi lançadas para região Nordeste.

Estado
Cultivar
Porte(1)
Ciclo(dia)
Cor dasemente
Peso de 100 sementes(g)
Produtividade (kg/ha)
Sequeiro
Irrigado
BahiaBRS Paraguaçu
PR
65-75
Branca
17,0
890
1.087
BRS Rouxinol
SER
65-75
Sempre-verde
17,0
892
1.509
CearáEPACE 10
SPR
65-75
Marrom
20,0
1.000
-
Setentão
SPR
65-70
Sempre-verde
19,8
800
1.200
João Paulo II
SPR
70-80
Creme
18,0
800
1.200
EPACE 11
SER
70-80
Marrom-claro
19,0
756
1.953
MaranhãoBR 18 - Pericumã
SPR
70-80
Marrom
17.0
615
1.013
-
ParaíbaEMEPA – 1
PR
80-90
Marrom
18,5
985
--
PernambucoIPA-205
SPR
70-80
Marrom clara
20,0
1.319
--
IPA-206
SER
65-75
Marrom clara
22,0
1.240
--
PiauíCE 315
SP
64-70
Sempre-verde
13,0
700
1.225
BR 14 - Mulato
SPR
65-75
Marrom
16,0
883
1.967
BR 17 - Gurguéia
SPR
70-80
Sempre-verde
12,5
976
1.964
Monteiro
SPR
70-75
Branca
28,4
--
2.070
BRS Marataoã
PR
71-80
Sempre-verde
15,5
831
1.010
R.G. NorteBR 13 - Caicó
SPR
80-90
Marrom Clara
23,0
1.000
--
BR 15 – Asa Branca
SPR
70-80
Marrom
22,5
1.050
--
Riso de Ano
SPR
70-90
Branca
15,5
1.000
1.300
BR 16 - Chapéu-de-couro
SPR
70-90
Marrom
21,0
1.000
1.500
(1) PR = Prostrado; SPR = Semi-prostrado; SER = Semi-ereto;
(2) Inicio das águas;
(3) Fim das águas;
(4) Recomendado para cultivo irrigado.

Tabela 2. Características e produtividades das cultivares de feijão-caupi lançadas para a região Norte.

Estado
Cultivar
Porte(1)
Ciclo
(dia)
Cor dasemente
Peso de 100 sementes(g)
Produtividade (kg/ha)
Sequeiro
Área de várzea
AcreBR 4 – Rio Branco
SPR

74-82

Marrom clara

14,0
637
1.967
BR 5 – Cana verde
SER

70-80

Marrom clara

14,4
703
2.091
AmapáAmapá
SPR

70-80

Branca

17.8
1.200
--
Mazagão
SER

60-70

Fradinho

15,0
1.895
--
AmazonasManaus
ER

60

Marrom

10,0
1.000
1.500
BR 8 - Caldeirão
SER

65-70

Creme

16
940
710
ParáBR 2 - Bragança
SER

65-70

Creme

16,0
811
2.008
BR 3 - Tracuateua
SP

70-80

Branca

30,0
914
1.698
RoraimaBR 3 - Tracuateua
SP

70-80

Branca

30,0
1.107
--
(1) SPR = Semi-prostrado; PR=Prostrado; SER = Semi-ereto; ER=Ereto.





quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Feijão Caupi, clima, solos e adubação



Condições climáticas

No Brasil, poucos estudos de fisiologia do feijão-caupi têm sido conduzidos com a finalidade de se verificar a resposta dessa cultura aos fatores climáticos. A maioria dessas informações são obtidas por meio de trabalhos realizados em outros países.
Dentre os elementos de clima conhecidos, destacam-se a precipitação e a temperatura do ar que, por intermédio do zoneamento de risco climático, possibilitam verificar a viabilidade e a época adequada para a implantação da cultura do feijão-caupi. Outros elementos do clima que exercem influência no crescimento e desenvolvimento dessa cultura são: fotoperíodo, vento e radiação solar.


Precipitação

A cultura do feijão-caupi exige um mínimo de 300 mm de precipitação para que produza a contento, sem a necessidade de utilização da prática da irrigação. As regiões cujas cotas pluviométricas oscilem entre 250 e 500 mm anuais são consideradas aptas para a implantação da cultura. Entretanto, a limitação em termos hídricos encontra-se mais diretamente condicionada à distribuição do que à quantidade total de chuvas ocorridas no período.
A ocorrência de ligeiros "déficits" hídricos no início do desenvolvimento da cultura pode concorrer para estimular um maior desenvolvimento radicular das plantas, porém, estresse hídrico próximo e anterior ao florescimento pode ocasionar severa retração do crescimento vegetativo, limitando a produção (Ellis et al., 1994; Fancelli & Dourado Neto, 1997).

O feijão-caupi pode ser cultivado em quase todos os tipos de solos, merecendo destaque os Latossolos Amarelos, Latossolos Vermelho-Amarelos, Argissolos Vermelho-Amarelos e Neossolos Flúvicos. De um modo geral, desenvolve-se em solos com regular teor de matéria orgânica, soltos, leves e profundos, arejados e dotados de média a alta fertilidade. Entretanto, outros solos como Latossolos e Neossolos Quartzarenicos com baixa fertilidade podem ser utilizados, mediante aplicações de fertilizantes químicos e/ou orgânicos.

Temperatura

O feijão-caupi é cultivado em uma ampla faixa ambiental desde a latitude 400N até 300S, tanto em terras altas como baixas, tais como: Oeste da África, Ásia, América Latina e América do Norte (Rachie, 1985). O bom desenvolvimento da cultura ocorre na faixa de temperatura de 18 a 34°C. A temperatura base abaixo da qual cessa o crescimento varia com o estádio fenológico. Para a germinação, varia de 8 a 11°C (Craufurd et al., 1996a), enquanto para o estádio de floração inicial, de 8 a 10°C (Craufurd et al., 1996b).

Elevadas temperaturas prejudicam o crescimento e o desenvolvimento da planta de feijão-caupi, exercem influência sobre o abortamento de flores, o vingamento e a retenção final de vagens, afetando também o número de sementes por vagem (Ellis et al., 1994; Craufurd et al., 1996b). Além disso, podem contribuir para a ocorrência de várias fito-enfermidades, principalmente aquelas associadas às altas umidades relativas do ar, condições estas que freqüentemente ocorrem quando o cultivo é feito em condições de sequeiro (Cardoso et al., 1997b).

Temperaturas baixas (<19 1978="" 1979="" 1997="" a="" al.="" aparecimento="" aumentando="" b="" ciclo="" cultura="" da="" de="" do="" e="" et="" feij="" flores="" influenciam="" leite="" littleton="" negativamente="" o-caupi="" o="" oberts="" produtividade="" retardando="" summerfield="">
Na região Meio-Norte do Brasil, limitações térmicas para o caupi podem existir em locais onde o florescimento coincida com períodos de temperatura acima de 35°C. Bastos et al. (2000) constataram por meio de simulações que, em Teresina, o plantio de caupi para o cultivo irrigado deve se restringir até o mês de julho. Quando o plantio do feijão-caupi ocorre a partir de meados do mês de agosto, há uma redução significativa da produtividade de grãos, devido ao abortamento de flores, pela ocorrência de elevada temperatura do ar durante o florescimento.


Fotoperíodo

Outro fator que exerce influência no crescimento e desenvolvimento do feijão-caupi é o fotoperíodo. Segundo Steele & Mehra (1980) existem cultivares de feijão-caupi sensíveis e outras insensíveis ao fotoperíodo, cujo crescimento vegetativo, arquitetura da planta e desenvolvimento reprodutivo são principalmente determinados pela interação de genótipos com a duração do dia e temperaturas do ar.
As cultivares de feijão-caupi sensíveis ao fotoperíodo são consideradas plantas de dias curtos (Hadley et al., 1983; Craufurd et al., 1996b), as quais têm o seu florescimento atrasado quando o fotoperíodo é maior que o fotoperíodo crítico. Quando genótipos ou cultivares são insensíveis ao fotoperíodo, o crescimento e desenvolvimento da cultura são funções apenas da temperatura do ar (Craufurd et al., 1996c).


Vento

A incidência do vento constante em lavouras de feijão pode aumentar a demanda de água por parte da planta, tornando-a mais suscetível a períodos curtos de estiagem, afetando o desempenho da cultura.


Radiação solar

A radiação solar pode ser considerada um fator de grande importância para o crescimento e desenvolvimento vegetal, pois influencia diretamente na fotossíntese das plantas. Loomis & Williams (1963) comentaram que, sob condições favoráveis de solo e clima e quando pragas e doenças deixam de ser fatores limitantes, a máxima produtividade de uma cultura passa a depender principalmente da taxa de interceptação de luz e da assimilação de dióxido de carbono pelas plantas.
De acordo com Phogat et al. (1984), a interceptação da energia luminosa no feijão-caupi geralmente é alta devido às folhas glabras e de coloração verde escura. Os autores, avaliando a taxa de fotossíntese líquida e a absorção da radiação fotossinteticamente ativa por esta cultura, observaram que apenas 4,3% da energia luminosa foi refletida pelas folhas de feijão-caupi, em condições ótimas de água no solo.

Amostragem do solo

A amostragem deve seguir critérios que assegurem confiança de representatividade em número ideal de amostras. Para colher uma boa amostra, recomenda-se:
  • Subdividir as áreas em unidades homogêneas; nessa subdivisão considerar os tipos de solo, a topografia, a vegetação e o histórico utilizado (uso de corretivos ou adubações).
  • Retirar uma amostra composta de áreas aparentemente uniformes. O número de amostras simples (subamostras), que deverá formar uma amostra composta, deve ser de 15 a 20.
  • Fazer amostragem ao acaso em zigue-zague, verificando o grupo de homogeneidade da área. As diversas subamostras devem ser colocadas em um recipiente limpo e misturadas, separando-se então, cerca de 500g para serem enviadas ao laboratório. Para culturas anuais, como o feijão-caupi, a profundidade de coleta é a da camada arável, ou seja, de 0-20 cm.
  • Identificar a amostra de solo com uma etiqueta contendo os nomes do município, do proprietário, da propriedade, da cultura a ser plantada e o número da amostra.


Correção da acidez do solo

As recomendações para correção de acidez devem ser feitas com base em resultados de análise química do solo. A tendência atual na recomendação de calagem é dar mais ênfase a percentagem de saturação de alumínio no solo do que seu teor isoladamente.
Recomenda-se calagem para a cultura de feijão-caupi, quando esta percentagem de saturação de alumínio for igual ou maior do que 20%.
A quantidade de corretivo, com base no teor de alumínio e cálcio + magnésio trocáveis, pode ser calculada utilizando-se as seguintes fórmulas:

  • Dose de calcário (t/ha) = (0,2 x Al3+) + 20 - [(Ca2+ + Mg2+)] 
    quando o Ca2+ + Mg2+ for < que 20 mmolc.dm-3 de TFSA. .............(1)

  • Dose de calcário (t/ha) = 0,2 x Al3+
    quando o Ca2+ + Mg2 for > que 20 mmolc.dm-3 de TFSA. ...............(2)
Outro critério para o cálculo da necessidade de calagem é pela elevação da saturação de bases a um nível desejado. No caso do feijão-caupi, a elevação da saturação de base em 50% é feita utilizando-se a fórmula:
  • Dose de calcário (t/ha) = (V2 - V1)T/PRNT x f x 10-1

    onde:

    T = mmolc.dm3+ de H+ + Al3+ + K+ + Ca2+ + Mg2+ + Na+
    V1 = S/T x 100 sendo S = mmolc.dm-3de K+ + Ca2+ + Mg2+ + Na+
    V2 = 50%
    PRNT = poder relativo de neutralização total do calcário
    f = fator de profundidade, 1 para calagem até 20 cm e 1,5 para calagem até 30 cm.
Na calagem são empregados, geralmente, calcários que podem ser calcíticos ou dolomíticos, o último, pelo teor de magnésio que contém, deve ser usado sempre que possível.
O calcário deve ser aplicado pelo menos dois meses antes da semeadura para que se obtenham os efeitos esperados. Contudo, essa é uma orientação geral, pois a reação do calcário está diretamente condicionada à umidade do solo e às características do corretivo. Caso o calcário possua um PRNT diferente de 100%, é necessário corrigir a quantidade recomendada nas fórmulas 1 e 2, citadas anteriormente, utilizando-se a seguinte fórmula:
Dose a aplicar (t/ha) = dose recomendada (t/ha)/ PRNT do calcário x 100.


Nitrogênio

Elemento altamente móvel na planta e, por isso, os primeiros sintomas de deficiência surgem nas folhas mais velhas, em forma de clorose uniforme homogênea, amarelo-esverdeada, passando a amarelo-esbranquiçada, que se estende às folhas novas, com a intensificação dos sintomas. O número de folhas, a área foliar e o crescimento das plantas são reduzidos, dando lugar a um desfolhamento prematuro.
O feijão-caupi absorve, para seu desenvolvimento completo, uma quantidade superior a 100 kg de N/ha. Considerada como planta de boa capacidade noduladora e eficiente sistema de fixação, o caupi dispensa a adubação nitrogenada. Culturas desenvolvidas em áreas recém-desmatadas, arenosas ou com teor de matéria orgânica menor que 10 g/kg, geralmente apresentam deficiência de nitrogênio. Nessas condições, recomenda-se a aplicação de 20 kg de N/ha, em cobertura, aos 15 dias após a fase de emergência das plantas.

Fósforo

Elemento móvel na planta, cujos sintomas de deficiência aparecem nas folhas velhas, como manchas cloróticas irregulares, de coloração verde-limão. As folhas mais novas apresentam cor verde-azulada brilhante. Com a acentuação dos sintomas, a cor das folhas mais velhas progride para amarelo-castanha, das bordas para o centro do limbo. As folhas caem prematuramente. Em campo verifica-se retardamento no ponto de colheita e vagens mal formadas, com reduzido número de grãos.
O nível crítico teórico do elemento no solo, para o bom desenvolvimento da planta, está em torno de 10 mg kg-1. Entre os macronutrientes, é o elemento extraído em menor quantidade e o que mais limita a produção do feijão-caupi. Considerando as condições do solo e as propriedades do elemento no meio, as doses recomendadas encontram-se na faixa de 20 a 60 kg de P2O5/ha.


Potássio

Elemento extremamente móvel na planta. Nas folhas mais velhas, inicialmente, desenvolvem-se manchas necróticas castanho-escuro, irregulares, do ápice para a parte central do folíolo, atingindo-o, finalmente, entre as nervuras. O crescimento do caule, o número de folhas e a área foliar ficam reduzidos, e as flores caem precocemente.
Teores baixos de potássio são encontrados em muitos solos onde a cultura é explorada comercialmente. O valor considerado crítico para o bom desenvolvimento do feijão-caupi, está abaixo de 50 mg.kg-1 de K2O. Embora apresente altas concentrações no tecido das plantas a adubação potássica em feijão-caupi, não tem refletido no aumento da produção de grãos. Considerando as condições do solo, normalmente são recomendadas, no balanceamento de fórmulas de adubação, quantidades que variam na faixa de 20 a 40 kg de K2O/ha.


Cálcio

Por ser um elemento imóvel na planta, os sintomas característicos da deficiência manifestam-se nas folhas mais novas. As plantas apresentam as folhas superiores coriáceas, quebradiças, encurvadas e com reduzido crescimento do sistema radicular e do caule. Em caso extremo de deficiência, o broto terminal morre, e as plantas não alcançam o florescimento.
As deficiências são, normalmente, corrigidas com aplicação no solo, de corretivos, de preferência calcário dolomítico, visando manter a saturação de bases acima de 50%.


Magnésio

Elemento móvel na planta. Os sintomas de deficiência caracterizam-se por clorose internerval nas folhas mais velhas, os bordos do limbo desenvolvem-se recurvados para baixo. As plantas florescem, mas os botões florais caem prematuramente.
Normalmente, a aplicação de calcário dolomítico oferece a quantidade suficiente de magnésio para a cultura. Recomenda-se que os materiais corretivos apresentem uma relação cálcio-magnésio na proporção 4/1.

Enxofre

Elemento pouco móvel na planta. As plantas deficientes em enxofre apresentam crescimento aparentemente normal. Os sintomas característicos iniciam-se pelas folhas mais novas, na forma de manchas irregulares, verde-claras, distribuídas no limbo dos folíolos. Com o desenvolvimento das plantas as folhas tornam-se amarelas, e os folíolos caem facialmente. Contudo, há produção de vagens.
O feijão-caupi requer aproximadamente 10 kg de enxofre/ha. Alguns fertilizantes das fórmulas básicas de adubação contém o enxofre em quantidade suficiente para a cultura.

Micronutrientes

Os micronutrientes são exigidos em pequenas quantidades pela planta do feijão-caupi. Normalmente, as reservas dos solos são capazes de atender às necessidades das plantas. Deficiências podem ocorrer em solos cujo material de origem é pobre em nutrientes ou que apresentam condições adversas à sua mobilização/absorção pela planta, tais como valores extremos de pH e excesso de matéria orgânica.
São raras as informações técnicas sobre as necessidades de micronutrientes em solos onde é cultivado o feijão-caupi. Alguns micronutrientes (molibdênio e zinco) exercem grande influência na nodulação e na fixação simbiótica do nitrogênio pelas leguminosas.
As deficiências desses nutrientes ocorrem normalmente em solos ácidos e arenosos. Vinte grama de molibdênio são suficientes para tratar sementes necessárias ao plantio de 1 ha. Quanto ao zinco as deficiências podem ser corrigidas com aplicação, em fundação, do zinco, na razão de 3 kg/ha.

Recomendação de adubação

De uma maneira geral, a recomendação de adubação química leva em consideração os resultados da análise química do solo e as exigências nutricionais da cultura. Para uma melhor utilização dessa recomendação, foram acrescentadas algumas informações técnicas que são de grande interesse para o sucesso dos programas da adubação na cultura do feijão-caupi (Tabela 1).
Tabela 1. Recomendação de adubação química (kg.ha-1) para a cultura do feijão-caupi com base nos resultados da análise química do solo.
Época
N
P2O5
K2O
P no solo mg.dm-3
K no solo mg.dm-3
Plantio

0 - 5
6 - 10
> 10
0 - 25
26 - 50
> 50
-
60
40
20
40
30
20
Cobertura
20

Observações técnicas adicionais
  • Em áreas recém-desmatadas ou em solos de textura arenosa e com baixos níveis de matéria orgânica (menos de 10g.kg-1) recomenda-se utilizar uma adubação de cobertura, com nitrogênio na dosagem de 20 kg de N.ha-1, em cobertura, aos 15 dias após a fase de emergência das plantas.
  • Caso seja necessário adubação nitrogenada, recomenda-se usar as combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou uréia e superfosfato simples para garantir o suprimento de enxofre às plantas.
  • Em solos com reconhecida deficiência em micronutrientes (molibdênio e zinco), recomenda-se aplicar no sulco de plantio, 3 kg de zinco/ha e realizar o tratamento das sementes, utilizando-se 20 gramas de molibdênio para 20 kg de semente.
  • Repetir a análise química do solo após o terceiro cultivo consecutivo, para ajustar a recomendação de adubação.





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