segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Biofertilizante Supermagro para Cafeicultura Orgânica


Biofertilizante Supermagro

No preparo do Supermagro deve-se primeiramente preparar as misturas minerais:

Mistura número 1: 2 kg de sulfato de zinco + 300g de sulfato de manganês + 300g de sulfato de ferro + 300g de sulfato de cobre.

Mistura número 2: 2 kg de cloreto de cálcio + 1 kg de ácido bórico.

Mistura número 3: 2 kg de sulfato de magnésio + 50g de sulfato de cobalto.

Mistura número 4: 100g de molibdato de sódio (este sal não pode ser misturado com nenhum outro mineral, devendo ser acrescentado na última etapa de preparo do biofertilizante).

O preparo final do biofertilizante Supermagro é simples, basta seguir as etapas descritas a seguir:

Ingredientes básicos e misturas de sais minerais necessários para preparar 250 litros do biofertilizantes Supermagro.

Existe uma formulação de Supermagro adaptada para a cultura do café que é a seguinte (Pedini, 2000):

Para 200 litros de biofertilizante, misturar 40 kg de esterco verde com 6,0 kg de mato fresco e vigoroso. Adicionar a cada cinco dias 1,0 kg de uma mistura de micronutrientes, mais 50g de sulfato de cobre, 1,0 litro de leite; 1,0 litro de melaço (ou 0,5 kg de açúcar), 100 ml de EM-4 ou 2 copos de leite fermentado contendo lactobacilos, 0,5 kg de calcário e 0,5 litro de sangue ou 200g de farinha de ossos ou 0,5 kg de restos de peixe. Deixar fermentando por 30 dias antes de coar e usar.


O biofertilizante supermagro é um fertilizante usado em sistemas orgânicos e obtido da mistura de materiais orgânicos e minerais com água. Seu uso é por via foliar e complementar aos adubos aplicados no solo tais como esterco ecomposto. O experimento foi instalado em uma lavoura implantada em abril de1998, sobre um Latossolo Vermelho Amarelo e conduzida em sistema orgânico a partir de janeiro de 1999, na Fazenda Experimental de Venda Nova (750 m de altitude). Utilizou-se a variedade Catuaí Vermelho-81 plantada no espaçamento de 2,0 m x 1,0 m. Adotou-se o delineamento em blocos casualizados com parcelas divididas, com quatro repetições e seis plantas úteis por subparcela. Nas parcelas aplicou-se o biofertilizante supermagro em intervalos de 60 dias, a partir da 1a semana de janeiro de 1999, nas concentrações de 0,0%, 1,5%, 3,0%, 6,0%, 12,0%, 24,0% e 48,0%. Nas subparcelas adubou-se com 7,50 e 3,75 t ha-1 de composto orgânico dividido em duas aplicações nos meses de fevereiro e novembro. Avaliou-se a altura de plantas, o diâmetro do colo, o número de ramos e o diâmetro da saia em 03/08/1999 e 30/12/1999. Não houve efeito do supermagro sobre o crescimento inicial do cafeeiro. Houve efeito do composto sobre o cafeeiro apenas no diâmetro da saia, com crescimento 4,5% maior na dose de 3,75 t ha-1 em relação a 7,5 t ha-1. 

Até o 12º mês após o início dos tratamentos não se observou efeito do supermagro sobre a altura, o diâmetro do colo, o número de ramos e o diâmetro da saia (Tabela 1). Tais confirmam as observações de Lohmann et al. (1998), Souza (2001) e Maia (2002) que não observaram efeito do supermagro em milho, pimentão e alface, respectivamente. Porém, Araújo (2004) observou efeito positivo do supermagro, nas concentrações entre 14% e 16%, aplicado mensalmente, no crescimento de cafeeiros até o sexto mês após o transplantio em vasos. Certamente, o cultivo em vasos e em ambiente protegido (casa de vegetação), constituiu um diferencial que permitiu resultados positivos do supermagro e que não se repetiram a campo no presente trabalho.

Em relação ao composto, houve efeito sobre o diâmetro da saia no 12º mês com a dose de 7,5 t ha-1 4,5% superior a 15,0 t ha-1 (Tabela 2). Os resultados indicam que a dose de 3,75 t ha-1, correspondente a 0,75 kg/planta à base de massa seca, foi suficiente para a nutrição do cafeeiro em formação, em relação à dose de 7,5 t ha-1. Possivelmente, a dose de composto de 0,75 kg/planta, correspondente a 12 g/planta de N, permitiu a nutrição adequada dos cafeeiros pois, a quantidade fornecida é intermediária entre 9 e 15 g/planta recomendada por Guimarães et al. (1999) 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *