Introdução
A mamoneira, mais conhecida como “carrapateira”, “rícino”, ou “ planta christi” é uma planta muito exótica de origem afro-asiática, nativa e muito resistente ela é encontrada em grande quantidade na Etiópia, na região do Sennaar e Kordofan e na Índia.
Provavelmente os egípcios atribuíam valores curativos a mamona, considerando-a uma planta medicinal. Em várias pirâmides foram encontradas, em grandes quantidades sementes dessa planta, principalmente nos sarcófagos que guardavam as múmias dos faraós.
A diversificação de um grande número de variedades desta planta, encontradas tanto no continente africano, como no asiático, impossibilita qualquer tentativa de estabelecer uma procedência efetiva da mamona.
No Brasil a mamona foi trazida pelos portugueses com a finalidade de utilizar seu óleo para iluminação e lubrificação dos eixos das carroças. O clima tropical e, predominante no Brasil, facilitou o seu alastramento
Assim, hoje podemos encontrar a mamoneira em quase toda extensão territorial, como se fosse uma planta nativa e em cultivos destinados à produção de óleo.
A facilidade de propagação e de adaptação em diferentes condições climáticas propiciou a mamona ser encontrada ou cultivada nas mais variadas regiões do mundo, como no norte dos Estados Unidos da América e Escócia..
A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma oleaginosa de destacada importância no Brasil e no mundo. Seu óleo é uma matéria prima de aplicações únicas na indústria química devido a características peculiares de sua molécula que lhe fazem o único óleo vegetal naturalmente hidroxilado, além de uma composição com predominância de um único ácido graxo, ricinoléico, o qual lhe confere as propriedades químicas atípicas.
Além da vasta aplicação na indústria química, a mamoneira é importante devido à sua tolerância à seca, tornando-se uma cultura viável para a região semi-árida do Brasil, onde há poucas alternativas agrícolas. No entanto, esta cultura não é exclusiva da região semiárida, sendo também plantada com excelentes resultados em diversas regiões do país
A mamoneira (Ricinus communis L.) é uma planta pertencente à família das Euforbiáceas, a mesma da mandioca, da seringueira e do pinhão manso. É originária provavelmente da África ou da Índia, sendo atualmente cultivada em diversos países do mundo, sendo a Índia,
a China e o Brasil, nesta ordem, os maiores produtores mundiais.
O principal produto da mamoneira é seu óleo, o qual possui propriedades químicas peculiares que lhe fazem único na natureza: trata-se do ácido graxo ricinoleico que tem larga predominância na composição do óleo (cerca de 90%) e possui uma hidroxila (OH) o que lhe confere propriedades como alta viscosidade, estabilidade física e química e solubilidade em álcool a baixa temperatura.
O óleo de mamona tem centenas de aplicações dentro da indústria química, sendo uma matéria prima versátil com a qual se podem fazer diversas reações dando origem a produtos variados. Suas principais aplicações são para fabricação de graxas e lubrificantes, tintas, vernizes, espumas e materiais plásticos para diversos fins. Derivados de óleo de mamona podem ser encontrados até em cosméticos e produtos alimentares.
A mamona foi escolhida como uma das oleaginosas fornecedoras de matéria prima para fabricação de biodiesel no Brasil. Essa escolha foi feita porque ela é uma oleaginosa bem adaptada e para a qual se dispunha de tecnologia para cultivo na região semi-árida, possibilitando a inclusão social de milhares de pequenos produtores que estavam sem opções agrícolas rentáveis. Embora este aspecto social tenha proporcionado a escolha da mamona, essa cultura também pode ser plantada em várias regiões do país, desde o Sul
até o Norte, desde que se obedeçam suas exigências climáticas e receba manejo adequado
A mamoneira é uma planta heliófila, ou seja, deve ser plantada exposta diretamente ao sol e não tolera sombreamento. Tem grande tolerância ao estresse hídrico, mas é exigente em fertilidade do solo. Embora tolere a seca, com boa disponibilidade de água sua produtividade é muito maior. Também pode ser plantada sob irrigação.
A mamoneira é uma planta de alto valor econômico e fornece resíduos vegetais e frutos. Os resíduos vegetais devolvem ao solo 20 toneladas por hectare de matéria orgânica verde ou 5 toneladas de matéria orgânica seca. Já os frutos da mamoneira são constituídos de sementes e cascas, que também fornecem matéria orgânica.
Depois de industrializados, as sementes resultam na torta e no óleo de mamona. Se extraídas as toxinas, a torta ainda pode gerar o farelo que é utilizado na ração de bovinos e aves. Isolados protéicos (fonte de proteína industrial) e aminoácidos (empregados como suplemento de rações) também são gerados pela torta.
È o melhor óleo vegetal para fins industriais, pois, não muda as suas características, em altas e baixas temperaturas e também em variações bruscas de temperatura, razão do seu imprescindível emprego na aviação.
O óleo de mamona possui uma gama muito extensa de aplicações: é utilizado como matéria prima para fabricação de batom, é utilizado como lubrificante de motores, incluindo turbinas de avião a jato, motores de foguetes e etc. Tem larga aplicação de tintas, vernizes, sabões, detergentes, inseticidas, fungicidas, bactericidas, papel carbono, velas, crayon, produtos sintéticos, plásticos, produtos farmacêuticos, nylons, desinfetantes, revestimentos protetores, adesivos, borrachas isolantes, colas especiais, tubos especiais para irrigação, graxas especiais para navios e aviões, chapas e engrenagens, aditivos para combustíveis, cosméticos, lentes de contacto, fluidos especiais para transmitir pressões hidráulicas.
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