quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Como Preparar o Biofertilizante Agrobio

 

Biofertilizante Agrobio

Para a produção de 500 litros do Agrobio são necessários:

􀂃 200 litros de água,

􀂃 100 litros de esterco fresco bovino,

􀂃 20 litros de leite de vaca ou soro de leite

􀂃 3 kg de melaço.

Misturar bem e deixar fermentar por uma semana em um bombona ou caixa d'água de plástico com tampa, com capacidade de 500 litros (ver figura abaixo).

A esse caldo nutritivo, nas sete semanas subseqüentes, são acrescentados, semanalmente, e em sequência, os seguintes ingredientes previamente dissolvidos em água:

􀂃 430 g de bórax ou ácido bórico,

􀂃 570 g de cinzas de lenha,

􀂃 850 g de cloreto de cálcio,

􀂃 43 g de sulfato ferroso,

􀂃 60 g de farinha de ossos,

􀂃 60 g de farinha de carne,

􀂃 143 g de termofosfato silício-magnesiano,

􀂃 1,5 kg de melaço,

􀂃 30 g de molibdato de sódio,

􀂃 30 g de sulfato de cobalto,

􀂃 43 g de sulfato de cobre,

􀂃 86 g de sulfato de manganês,

􀂃 143 g de sulfato de magnésio,

􀂃 57 g de sulfato de zinco,

􀂃 29 g de torta de mamona

􀂃 30 gotas de solução de iodo a 1%.

Nas quatro últimas semanas, são adicionados 500 ml de urina de vaca. A calda deve ser bem misturada duas vezes por dia.

Após oito semanas o volume deve ser completado para 500 litros e coado.

O Agrobio pronto apresenta cor escura e odor característico de produto fermentado e pH na faixa de 5 a 6.

A análise química do biofertilizante forneceu os seguintes resultados: 34,69 g/l de matéria orgânica; 0,8% de carbono; 631 mg/l de N; 170 mg/l de P; 1,2 g/l de K; 1,59 g/l de Ca e 480 mg/l de Mg, além de traços dos micronutrientes essenciais às plantas.

Testes microbiológicos não detectaram coliformes fecais, bactérias potencialmente patogênicas em produtos preparado conforme as recomendações.

Produção do biofertilizante líquido Agrobio. a) caixa d'água com tampa; b) bancada de concreto; c) registro de 2 polegadas; d) balde com tela para coagem; e) pá.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Biofertilizante Supermagro para Cafeicultura Orgânica


Biofertilizante Supermagro

No preparo do Supermagro deve-se primeiramente preparar as misturas minerais:

Mistura número 1: 2 kg de sulfato de zinco + 300g de sulfato de manganês + 300g de sulfato de ferro + 300g de sulfato de cobre.

Mistura número 2: 2 kg de cloreto de cálcio + 1 kg de ácido bórico.

Mistura número 3: 2 kg de sulfato de magnésio + 50g de sulfato de cobalto.

Mistura número 4: 100g de molibdato de sódio (este sal não pode ser misturado com nenhum outro mineral, devendo ser acrescentado na última etapa de preparo do biofertilizante).

O preparo final do biofertilizante Supermagro é simples, basta seguir as etapas descritas a seguir:

Ingredientes básicos e misturas de sais minerais necessários para preparar 250 litros do biofertilizantes Supermagro.

Existe uma formulação de Supermagro adaptada para a cultura do café que é a seguinte (Pedini, 2000):

Para 200 litros de biofertilizante, misturar 40 kg de esterco verde com 6,0 kg de mato fresco e vigoroso. Adicionar a cada cinco dias 1,0 kg de uma mistura de micronutrientes, mais 50g de sulfato de cobre, 1,0 litro de leite; 1,0 litro de melaço (ou 0,5 kg de açúcar), 100 ml de EM-4 ou 2 copos de leite fermentado contendo lactobacilos, 0,5 kg de calcário e 0,5 litro de sangue ou 200g de farinha de ossos ou 0,5 kg de restos de peixe. Deixar fermentando por 30 dias antes de coar e usar.


O biofertilizante supermagro é um fertilizante usado em sistemas orgânicos e obtido da mistura de materiais orgânicos e minerais com água. Seu uso é por via foliar e complementar aos adubos aplicados no solo tais como esterco ecomposto. O experimento foi instalado em uma lavoura implantada em abril de1998, sobre um Latossolo Vermelho Amarelo e conduzida em sistema orgânico a partir de janeiro de 1999, na Fazenda Experimental de Venda Nova (750 m de altitude). Utilizou-se a variedade Catuaí Vermelho-81 plantada no espaçamento de 2,0 m x 1,0 m. Adotou-se o delineamento em blocos casualizados com parcelas divididas, com quatro repetições e seis plantas úteis por subparcela. Nas parcelas aplicou-se o biofertilizante supermagro em intervalos de 60 dias, a partir da 1a semana de janeiro de 1999, nas concentrações de 0,0%, 1,5%, 3,0%, 6,0%, 12,0%, 24,0% e 48,0%. Nas subparcelas adubou-se com 7,50 e 3,75 t ha-1 de composto orgânico dividido em duas aplicações nos meses de fevereiro e novembro. Avaliou-se a altura de plantas, o diâmetro do colo, o número de ramos e o diâmetro da saia em 03/08/1999 e 30/12/1999. Não houve efeito do supermagro sobre o crescimento inicial do cafeeiro. Houve efeito do composto sobre o cafeeiro apenas no diâmetro da saia, com crescimento 4,5% maior na dose de 3,75 t ha-1 em relação a 7,5 t ha-1. 

Até o 12º mês após o início dos tratamentos não se observou efeito do supermagro sobre a altura, o diâmetro do colo, o número de ramos e o diâmetro da saia (Tabela 1). Tais confirmam as observações de Lohmann et al. (1998), Souza (2001) e Maia (2002) que não observaram efeito do supermagro em milho, pimentão e alface, respectivamente. Porém, Araújo (2004) observou efeito positivo do supermagro, nas concentrações entre 14% e 16%, aplicado mensalmente, no crescimento de cafeeiros até o sexto mês após o transplantio em vasos. Certamente, o cultivo em vasos e em ambiente protegido (casa de vegetação), constituiu um diferencial que permitiu resultados positivos do supermagro e que não se repetiram a campo no presente trabalho.

Em relação ao composto, houve efeito sobre o diâmetro da saia no 12º mês com a dose de 7,5 t ha-1 4,5% superior a 15,0 t ha-1 (Tabela 2). Os resultados indicam que a dose de 3,75 t ha-1, correspondente a 0,75 kg/planta à base de massa seca, foi suficiente para a nutrição do cafeeiro em formação, em relação à dose de 7,5 t ha-1. Possivelmente, a dose de composto de 0,75 kg/planta, correspondente a 12 g/planta de N, permitiu a nutrição adequada dos cafeeiros pois, a quantidade fornecida é intermediária entre 9 e 15 g/planta recomendada por Guimarães et al. (1999) 



Uso do Bokashi na Cafeicultura Orgânica


 

Bokashi

A formula abaixo é recomendada pela Fundação Mokiti Okada.

Ingredientes

Farelo de arroz - 500 kg

Farelo de algodão - 200 kg

Farelo de soja - 100 kg

Farelo de osso - 170 kg

Farinha de peixe - 30 kg

Termofosfato - 40 kg

Carvão moído - 200 kg

Melaço - 4 litros

EM/4 - 4 litros

Água - 350 litros

OBS: alguns agricultores substituem a formulação comercial EM/4 da Fundação Mokiti Okada por microrganismos coletados na própria unidade produtiva. Observa-se também uma grande variação dos ingredientes utilizados.

Os ingredientes secos devem ser misturados e a água adicionada aos poucos. A umidade ideal é de cerca de 50%. A temperatura de fermentação não deve ultrapassar 50º C. Cada vez que o composto atingir essa temperatura, deve ser revolvido. O Bokahi deve ser amontoado e coberto com sacos de estopa ou lona de algodão, para acelerar a fermentação. Dependendo das condições de temperatura e umidade, o Bokashi chega a 50º C em 20- 24 horas. Em condições ideais, estará pronto entre 7-10 dias.

O principal cuidado no preparo do Bokashi é o seu ponto de umidade. Umidade excessiva pode resultar na putrefação da mistura. Um modo prático de se obter a umidade correta é molhar aos poucos e misturar bem os ingredientes de modo a uniformizar a pilha. A água não deve escorrer entre os dedos quando uma amostra for apertada e a mistura não deve estar seca a ponto de não formar um torrão.


É importante planejar o uso do Bokashi, pois o produto só pode ser armazenado por até 6 meses.



terça-feira, 7 de setembro de 2021

Anexo 1,2,3,4, (mudas,solarizador,relação cn,compostagem) no Café Orgânico

 

Anexo 1- Viveiro de mudas

As dimensões a serem adotadas para um viveiro de 1000 mudas (10 m2) são as seguintes (Guimarães et al., 1989):

􀂃 Espaçamento entre esteios: 3,20-3,60m x 3,20-3,60m;

􀂃 Largura dos canteiros: 1,00 a 1,20m;

􀂃 Largura do corredor central para entrada de veículos: 3,50m;

􀂃 Comprimento dos canteiros: 10 a 20m;

􀂃 Espaçamento entre canteiros: 0,40 a 0,60m;

􀂃 Altura (pé-direito) para cobertura alta: 2,00m;

􀂃 Altura (pé-direito) para cobertura baixa: 0,70 a 1,00m;

􀂃 Área total: área útil + 60%.

Um telado de baixo custo foi desenvolvido pela PESAGRO-RIO, usando o mesmo princípio das barracas de acampamento (M.A. de A. Leal, comunicação pessoal).

Anexo 2 – Modelo de solarizador (PESAGRO-RIO, EES)

O solarizador é uma alternativa barata e eficiente para a eliminação de patógenos (organismos causadores de doenças) em substratos para produção de mudas. São equipamentos simples que concentram o calor da luz do sol e o transmite para o substrato a ser tratado, promovendo o aquecimento e eliminação de patógenos.

A PESAGRO RIO desenvolveu um modelo de solarizador mostrado abaixo, que concilia baixo custo e alta eficiência (M.A.de A.Leal, comunicação pessoal), simples de ser construído. Utiliza material facilmente encontrado no comércio, sendo de fácil descarga, resistente e durável.

Solarizador de substrato modelo desenvolvido pela PESAGRO-RIO.

Anexo 3 - Relações C:N de diferentes resíduos

Relações C:N de diferentes resíduos viáveis para compostagem ou cobertura do solo (valores médios).

Material C:N Material C:N

Esterco bovino 18/1 Crotalaria juncea 26/1 Esterco de aves 10/1 Capim colonião 27/1

Esterco de suíno 19/1 Capim jaraguá 64/1 Esterco de ovinos 15/1 Capim-limão (cidreira) 62/1

Esterco de equinos 18/1 Capim pé-de-galinha 41/1 Cama de aviário 14:1 Capim mimoso 79/1

Laranja: bagaço 18/1 Capim guiné 33/1 Mandioca: folhas 12/1 Capim gordura 81/1

Mandioca: hastes 40/1 Banana: talos de cachos 61/1 Café: borra 25/1 Banana: folhas 19/1

Café: palha 31/1 Trigo: cascas 56/1 Café: casca 53:1 Cana-de-açúcar: bagaço 22/1

Arroz: casca e palha 39/1 Trigo: palhas 70/1 Serragem de madeira 865/1 Mandioca: folhas 12/1

Sangue seco 4/1 Mandioca: ramas 40/1 Algodão: casca de sementes 78/1 Mandioca: cascas de raízes 96/1

Cápsulas de mamona 44/1 Aveia: cascas 63/1 Milho: palha 112/1 Aveia: palhas 72/1

Milho: sabugos 101/1 Abacaxi: fibras 44/1 Feijão: palha 32/1 Eucalipto: resíduos 15/1

Grama batatais 36/1 Torta de mamona 10/1 Grama seda 31/1 Torta de cacau 11/1

Mucuna preta: sementes 14/1 Torta de coco 12/1 Feijão guandu 29/1 Torta de babaçu 14/1

Feijão-de-porco: folhas 19/1 Serrapilheira 17/1 Feijão-de-porco: vagens 49/1 Samambaia 109/1

Fonte: Parte dos dados desta tabela foram extraídos de Kiehl (1985).

Anexo 4 - Compostagem:

A compostagem é um processo biológico onde ocorre a desintegração dos resíduos como conseqüência da decomposição aeróbica. Os resíduos são decompostos nas suas unidades mais simples, metabolizados pelos microrganismos (bactérias, fungos e actinomicetos), transformando-se em biomassa microbiana. Há grande desprendimento de CO2 e vapor d’água, sendo grande parte da energia decorrente da atividade dos microrganismos liberada na forma de calor.

O material para compostagem pode incluir diversos resíduos vegetais (palha, cascas, podas e aparas, etc.) e também alguns resíduos de origem animal (restos de abatedouro, escamas de peixe, etc.) misturados ao esterco oriundo das criações.

Quase todo material de origem animal ou vegetal pode entrar na produção do composto. Contudo, existem alguns subprodutos que não devem ser usados (madeira tratada com pesticidas ou verniz, couro, papel e esterco de animais alimentados em pastagens que receberam herbicidas). A serragem pode ser usada, desde que de madeira não tratada. Além disso, a regulamentação da Lei 10.831/2003 prevê apenas o uso de resíduos de madeira extraída legalmente.

O material que vem de fora da unidade de produção deve ser usado com o máximo cuidado e sempre mediante autorização da certificadora. O uso de material produzido na própria unidade integra suas várias atividades e é o mais recomendável.

A relação C:N da mistura deve ser de aproximadamente 30:1. Na prática, a proporção dos componentes da mistura deve ficar em torno de 70% de material fibroso e 30% de esterco. Uma regra simples é que a quantidade de material fibroso (palha) deve ser 3 vezes maior que a quantidade de esterco.

São comuns as adições de termofosfato, pó de rocha, cinzas, tortas, farinha de ossos, borra de café, dentre outros suplementos. A adição de uma fonte de fósforo favorece a compostagem. Durante o processo ocorre formação de fósforo orgânico, que é uma excelente fonte para as culturas, principalmente em solos ácidos. A cinza é fonte de diversos nutrientes e enriquece o composto, sobretudo em potássio.

A primeira camada deve ser de material fibroso para atenuar a perda de nitrogênio para o solo. Essa camada deve alcançar 30 cm de altura. A segunda camada deve ser de material rico em nitrogênio, com cerca de 10 cm de altura para manter a proporção. O esterco deve ser misturado a essa segunda camada e o material de enriquecimento deve ser colocado sobre ela. A pilha assim formada deve ser umedecida uniformemente. A seqüência de camadas deve ser repetida, sendo a última camada de material fibroso.

Recomenda-se formar pilhas de cerca de 1,2 m de altura com até 1,5m de largura.

Devem ser protegidas de insolação excessiva, do vento e, particularmente, de chuva.

Recomenda-se o uso de local sombreado, bem como, uma cobertura de plástico, folhas de bananeira, palmeiras, sapê, etc., para cobrir a pilha nos primeiros 3 dias da compostagem ou quando houver risco de chuvas fortes.

Após os primeiros 3 dias, a temperatura no interior da pilha deve alcançar 55ºC ou mais. Depois desse período inicial, a pilha deve ser revirada para favorecer a mistura dos componentes e prover as condições aeróbicas. A temperatura deve ser mantida entre 55 e 70ºC por um prazo de pelo menos 15 dias. O perfil de temperatura/tempo de exposição a ser alcançado durante a compostagem, para assegurar desinfestação satisfatória quanto a materiais de origem fecal, é de 1 hora a > 62ºC, 1 dia a > 50ºC ou 1 semana a > 46ºC (Feachem et al., 1983, citados por Dumontet et al., 1999). Na prática, como a temperatura flutua durante o decorrer do dia, recomenda-se que o material atinja temperaturas de 55º por um mínimo de 15 dias e que a pilha seja misturada pelo menos 2 vezes nesse período para garantir a descontaminação de todo o material no que diz respeito a microrganismos potencialmente patogênicos, porventura presentes.

O teor de umidade ideal é de cerca de 60%. Um teste simples pode ser feito para avaliar a umidade da pilha. Apertar fortemente entre os dedos uma amostra, sentindo-a úmida, porém sem que nenhum líquido escorra.

É importante garantir uma adequada aeração de todas as partes da pilha, pois os microrganismos responsáveis pela decomposição necessitam de oxigênio. Quando bem arejada, a decomposição da mistura é mais rápida. As dimensões da pilha são de importância fundamental no processo de compostagem. A pilha não deve ser muito pequena para que não haja perda rápida de umidade, nem deve ser grande demais, pois fica prejudicada a troca de ar. Devem-se misturar resíduos pequenos e grandes para favorecer a aeração e, ao mesmo tempo, conservar o calor. A pilha pode ser montada sobre estrados feitos de troncos e galhos para favorecer a aeração da camada inferior. Pode-se ainda usar tubos ou bambus para criar canais que facilitem a entrada do ar. Mas é a reviragem periódica a melhor prática para garantir a aeração das pilhas, a mistura dos componentes e, mais importante, a exposição uniforme de todo o material às reações de compostagem e às altas temperaturas resultantes.

Durante a compostagem, temperatura e umidade devem ser controladas. A faixa ideal de temperatura é de 55 a 70oC pelo menos durante 15 dias. Verifica-se a temperatura introduzindo um vergalhão de ferro até o centro da pilha por 15 minutos. Retirado o vergalhão, se não for possível tocá-lo, significa que a temperatura está excessivamente elevada. Neste caso, deve-se promover o revolvimento para baixar a temperatura. Se a umidade do substrato for insuficiente, a pilha deser ser também regada. Se a temperatura do vergalhão for suportável ao tato é sinal de que a decomposição transcorre normalmente e se estiver frio, depreende-se que a decomposição está terminada ou que não está se processando.

É importante escolher local adequado para montagem das pilhas. O local deve ter ligeiro declive para favorecer a drenagem, próximo a árvores que promovam sombreamento e proteção contra ventos, bem como de uma fonte de água despoluída.

As pilhas devem ser protegidas contra enxurradas por um sistema de canaletas, que podem ser conectadas a um coletor de chorume, se possível reciclado para a pilha.


quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Certificação e comercialização de café orgânico


 

A certificação é o processo de verificação da conformidade da produção com normas e padrões técnicos pré-estabelecidos, sejam eles privados ou baseados nas legislações dos países (Neves, 2004). No Brasil, a Lei 10.831/2003 estabelece que o processo pode ser efetivado através de certificações por auditoria (inspeções de um técnico capacitado que verifica se a unidade de produção pode ou não ser considerada orgânica) ou através da certificação participativa, em que essa avaliação é procedida pelos atores da cadeia. Na certificação do café, não só as lavouras são inspecionadas, mas também todo o processo de beneficiamento (torrefadoras, embaladoras, etc).

A certificação do produto orgânico garante sua origem e qualidade. Para o agricultor, a certificação enquadra o produto num segmento diferenciado, através da rotulagem, que o valoriza e o protege de eventual fraude que possa vir a ser praticada no mercado. O mesmo se aplica aos processadores e distribuidores. Finalmente, a certificação dá suporte à rastreabilidade do produto, possibilitando que qualquer tentativa de burla ao processo seja identificada e que providências sejam tomadas a tempo de proteger o consumidor final e o próprio sistema.

Um outro modelo de certificação que vem surgindo com bastante força é o do fair trade (comércio justo), que trata de aspectos éticos ligados à comercialização. Tem como característica a preocupação, por parte dos consumidores, não só com a qualidade e o valor biológico dos produtos, mas também quanto às questões de cunho social e ecológico. Em diversos países, organizações não-governamentais emitem selos de certificação para o comércio justo, o que estabelece um caráter fiscalizador, garantindo a distribuição igualitária de lucros, a transparência nos processos comerciais e o monitoramento social das cadeias produtivas. As normas de produção de café fair trade podem ser obtidas na FLO (Fair Trade Label Organization, www.fairtrade.net) que é uma das certificadoras mais importantes do segmento.

O café orgânico é um produto diferenciado, de maior valor agregado cujo mercado tem crescido e se fortalecido ao longo dos anos (Caixeta, 2000).



segunda-feira, 19 de julho de 2021

Beneficiamento, Armazenamento e Transporte do Café Orgânico

 

Beneficiamento

De acordo com o Manual de Segurança e Qualidade para a Cultura do Café (2004), o beneficiamento é uma operação pós-colheita que transforma, pela eliminação das cascas e separação dos grãos, o fruto seco (coco ou pergaminho) em grãos de café que passa a ser a denominação de café beneficiado ou café verde. A operação de beneficiamento deve ser realizada o mais próximo possível da época de comercialização, para que o produto possa manter suas características originais.

Dependendo das condições em que o café foi secado ou mesmo em virtude das mudanças que podem ocorrer durante o armazenamento, é conveniente passar o produto, com bastante cuidado, por secador de tulha aerados, para que haja homogeneização do teor de umidade para um valor ideal para o beneficiamento. Caso se use um secador a alta temperatura para solucionar um problema de umidade alta, deve-se ter o cuidado de não beneficiar o produto quente. O resfriamento natural evita a incidência de grãos quebrados.

Uma unidade de beneficiamento deve sempre possuir, dentre vários outros equipamentos necessários, um conjunto de peneiras com diferentes tipos de furos, com a finalidade de separar o café das impurezas (graúdas e miúdas) e um catador equipado com sistema magnético que retém materiais metálicos, além de pedras.

Esses equipamentos são importantes para garantia da segurança do produto para o consumidor final.

A maioria dos pequenos cafeicultores, sem condições de investimentos em máquinas próprias ou sem a disponibilidade do serviço de cooperativas, usa geralmente, o serviço de beneficiadoras.

Uma unidade de beneficiamento deve sempre possuir, dentre vários outros equipamentos necessários, um conjunto de peneiras com diferentes tipos de furos, com a finalidade de separar o café das impurezas (graúdas e miúdas) e um catador equipado com sistema magnético que retém materiais metálicos, além de pedras.

Esses equipamentos são importantes para garantia da segurança do produto para o consumidor final.

A maioria dos pequenos cafeicultores, sem condições de investimentos em máquinas próprias ou sem a disponibilidade do serviço de cooperativas, usa geralmente, o serviço de beneficiadoras.

Aspectos ecológicos no processamento do café

Manejo das águas usadas

Muita água é usada nas atividades de lavagem e descascamento de frutos, principalmente se o beneficiamento for feito por via úmida. Na produção orgânica do café, os cuidados com o tratamento das águas usadas não devem ser negligenciados.

A água de lavagem é rica em material orgânico e inorgânico e não deve de modo algum ser lançada diretamente nos cursos de água. O tratamento preliminar das águas usadas inclui a coagem para reter os material sólido e sedimentação do material em suspensão em tanques de decantação. Chagas et al. (2002) recomendam como alternativa de tratamento das águas, após a coagem em grade de malha de tamanho adequado, ou mesmo após a sedimentação, a deposição sobre o solo, por ser de baixo custo. As formas de deposição podem ser a infiltração, a fertirrigação ou o escoamento superficial. A técnica de escoamento superficial requer um terreno inclinado e cultivado com vegetação rasteira densa, em geral gramínea. A água escoa pelo terreno lentamente. Parte da água se infiltra e parte evaporada, sendo o material orgânico usada pelas plantas e microrganismos. Na parte de baixo da rampa, a água restante é coletada em canais e direcionada para a lavoura.

Chagas e colaboradores enfatizam que essa técnica, além do baixo custo permite o tratamento de grandes volumes em uma área relativamente pequena e o aproveitamento do potencial fertilizante dos resíduos. A cobertura vegetal produzida pode ser usada como adubo verde. O solo da rampa deve ser continuamente cultivado para não correr o risco de salinização.

Armazenamento e Transporte

Consiste em estocar o café em coco ou pergaminho, após a secagem e antes do beneficiamento. São utilizadas tulhas para o acondicionamento do café a granel e para o café beneficiado são utilizadas sacas de aniagem.

Um fator que precisa ser monitorado durante o armazenamento é a atividade de água (Aw) que consiste na água presente no interior dos grãos. Outro fator a monitorar é o binômio atividade de água x temperatura, que são os principais fatores para a produção de micotoxinas. A Aw não pode ultrapassar o limite de 0,75, para que não haja desenvolvimento dos fungos e a produção de micotoxinas. (Manual de Segurança ..., 2004).

Armazenamento do café na propriedade

É preferível armazenar o café em coco ou pergaminho do que beneficiado, porque preserva-se muito mais as características do produto. Condições inadequadas de armazenamento poderão conferir sabores estranhos à bebida (de madeira, mofo, etc).

O café deverá ser mantido nas tulhas que devem ser construídas em locais de boa insolação, drenagem e ventilados, com temperatura ambiente ao redor de 20°C e umidade relativa do ar até 65%. É fundamental conservar o café com 11 a 12% de umidade, já que é bastante higroscópico, podendo absorver umidade do ar se mantido em ambiente inapropriado. Também é recomendável que as tulhas ou armazéns tenham baixa luminosidade, para que o café (principalmente o beneficiado) não perca cor pela exposição excessiva à luz.

Armazenamento do café beneficiado

Apesar dos avanços tecnológicos dos últimos anos, a quase totalidade do café beneficiado, no Brasil, é armazenada em sacos de 60 kg, dispostos em pilhas no armazém. O saco de café é uma unidade que se adapta ao manuseio e ao comércio em pequena escala. Esse tipo de armazenagem possui vantagens e desvantagens, em relação aos sistemas de armazenagem em silos a granel. Entretanto, apesar das desvantagens (grande volume, custo de operação), o armazenamento em sacaria permite a segregação de lotes, aspecto muito importante, considerando-se que o produto é avaliado, além de outros padrões de qualidade, pelo teste de xícara e também por procedência. Além disso, a facilidade de acesso aos lotes, de circulação de ar sobre a sacaria, de inspeção e amostragem são fatores importantes a serem considerados durante o armazenamento do café em armazéns onde é possível manter o produto armazenado por períodos relativamente longos (acima de três anos), sem grandes riscos de deterioração.

A sacaria para uso no armazenamento do café orgânico não pode ser tratada com agrotóxicos, além disso, esses produtos não são permitidos no controle de pragas durante a estocagem e o uso de fumigantes durante o transporte, quando requeridos por lei, deve ser discutido e autorizado pelo órgão certificador.

O local de armazenamento deve ser limpo, abrigado do sol, da chuva e bem ventilado.

A utilização de sacos de junta é vantajosa por serem estes resistentes e facilitam a vedação de aberturas feitas por ocasiões da retirada de amostras.

Alguns pontos relativos à construção, que influenciam na utilização do armazém devem ser criteriosamente observados quando se decide pelo uso de sistemas em sacarias. É, portanto, indispensável:

• A instalação de portas em números e locais tecnicamente escolhidos, de modo a facilitar as operações de cargas e descargas;

• Que as portas sejam instaladas frontalmente, isto é, no mesmo alinhamento, em paredes opostas.

• Que o pé-direito tenha altura mínima de 5 m.

• A construção de paredes lisas, evitando-se reentrâncias e terminando em “meias cana” junto ao piso e nunca em ângulo reto. O fechamento lateral das paredes, junto ao piso e á cobertura, para evitar acesso de roedores pássaros e insetos no interior do armazém.

• A colocação de aberturas laterais de ventilação, protegidas por estruturas de telas e com aberturas reguláveis.

• A instalações de lanternins, tecnicamente dispostos para a boa circulação de ar natural.

• A utilização de telhas transparentes, para melhorar a iluminação natural (mínimo de 8% da área coberta).

• Que o piso seja impermeável, de concreto, e que esteja, no mínimo, a 40 cm acima do nível do solo.

• A construção, em cada porta, de marquises, para carga e descarga em dias chuvosos.

• Para o máximo de aproveitamento, que a área do piso seja projetada em função dos estrados e das ruas principais e secundárias.

• A instalação de sistema de prevenção e combates a incêndios.

Na armazenagem em sacaria, devem ser levados em consideração alguns pontos, visando aumentar a eficiência e a proteção do café.

a) Excesso de luz deve ser evitado por causar mudanças na cor do café (branqueamento);

b) Prover o teto e a parte inferior das paredes do armazém com aberturas reguláveis e protegidas, para remoção natural do ar;

c) Instalar exaustores, se possível;

d) Impermeabilizar o piso ou adotar pisos suspensos;

e) É indispensável, mesmo que o piso seja impermeável, a utilização de estrados para permitir a circulação de ar na base da pilha.

Transporte

O Manual de Segurança e Qualidade para a Cultura do Café (2004) lista alguns procedimentos importantes para manter a segurança e qualidade do café durante o transporte, a saber:

􀂃 Cobrir as sacas durante o transporte e armazenamento, prevenindo uma reumidificação;

􀂃 Carregar e descarregar os containers em dias secos ou sob cobertura;

􀂃 Garantir que os pallets e os containers encontram-se secos;

􀂃 Evitar a re-umidificação da última camada de sacos;

􀂃 Implementar um sistema de controle de qualidade




terça-feira, 13 de julho de 2021

Secagem do Café Orgânico

 

Secagem

De acordo com o Manual de Segurança e Qualidade para a Cultura do Café (2004), esta operação é de grande importância tanto no aspecto de segurança como no de qualidade do café. A secagem do café é comparativamente mais difícil de ser executada do que a de outros produtos. Além do elevado teor de açúcares presentes na mucilagem, os frutos normalmente apresentam teores iniciais relativamente altos de umidade.

A secagem pode ser feita em terreiros ou utilizando-se secadores mecânicos. Por vezes, efetua-se uma pré-secagem no terreiro, completando-se o processo em secadores mecânicos. O terreiro de secagem deve ser de construção adequada, recomendando-se o terreiro pavimentado por permitir maior facilidade de operação e limpeza.

Secagem natural em terreiro

A secagem natural é realizada pela exposição do café ao sol em terreiros. Apesar de a energia solar não apresentar custo real na operação de secagem, existem algumas desvantagens como o seu baixo rendimento, condicionado à necessidade de um período prolongado para a secagem, exigência de extensas áreas de terreiro, além de o produto estar sujeito a variações climáticas, podendo ser re-umedecido. Desta forma, alguns cuidados durante a secagem no terreiro devem ser observados:

a) Esparramação

Inicialmente, o café é esparramado em camadas finas, aumentando-se a espessura gradativamente, à medida que acontece a secagem. Durante a secagem os frutos devem ser protegidos da chuva e do sereno.

Os frutos devem ser revolvidos por, no mínimo, 10 vezes ao dia, para acelerar a secagem e evitar o aparecimento de grãos mofados e fermentados.

O café colhido não deve, de modo algum, secar diretamente sobre o solo. Esporos de fungos oriundos de outros lotes podem permanecer no solo e contaminar posteriormente todos os demais lotes. O terreiro para a secagem do café deve ter a superfície lisa e deve ser mantido em boas condições de higiene.

A camada de cerejas durante a secagem não deve ser maior que 4 cm e não deve permanecer por mais que 3 dias.

b) Enleiramento

Após o segundo dia de secagem, os frutos devem ser arrumados em pequenas leiras, de 15 a 20 cm de altura, ao final da tarde, esparramando-se o café no outro dia pela manhã.

Em caso de ocorrência de chuvas, as leiras devem ser maiores, colocadas no sentido do declive do terreiro. A troca de lugar das leiras deve ser efetuada o maior número de vezes possível, para arejar a massa de frutos e evitar fermentações. Após o término das chuvas, as leiras devem ser revolvidas, até secagem completa do piso do terreiro.

O café cereja só deve ser amontoado depois da meia-seca. A fase final da secagem no terreiro acontece quando o café atinge 18 a 20 %% de umidade, devendo ser amontoado à tarde e coberto com lonas. Recomenda-se que a operação seja iniciada por volta das 15 horas, quando é menor a umidade do ar e os grãos estão quentes. Na manhã seguinte deverá ser novamente esparramado, em horário próximo das 10 horas, para evitar o resfriamento excessivo e a reabsorção de umidade.

c) Final da secagem em terreiro

No final da secagem o café deverá apresentar entre 11-12% de umidade, sendo que o tempo total de permanência no terreiro varia entre 10 e 20 dias, dependendo da região e das condições climáticas. A determinação prática deste ponto final pode ser feita com base na observação da dureza e coloração dos grãos, ou pela relação volume/peso em que 1 litro de café coco pesa aproximadamente 420-450g. Uma maneira mais exata de determinação de umidade é através de medidores apropriados. É importante destacar que os níveis finais de umidade do café são críticos quanto aos aspectos de segurança e qualidade do produto: abaixo de 11%, o café permanece mais tempo ocupando mão de obra e espaço de terreiro, além de sofrer perda de peso e quebra de grãos no beneficiamento; com valores acima de 12% os grãos branqueiam mais rápido no armazenamento, além de ocorrer o risco de deterioração.

Na fase de secagem existe risco máximo de proliferação de fungos, Aspergillus ochraceus e Penicillium verrucosum, produtores da micotoxina ocratoxina A, potencialmente carcinogênica. A umidade dos grãos quando mantida na faixa 11-12% impede o crescimento desses fungos.

Desta forma, alguns cuidados durante a secagem no terreiro devem ser observados:

a) Não misturar lotes diferentes de café.

b) Esparramar o café, lavado ou não, no mesmo dia da colheita em camadas finas de 3 a 5 cm e proceder-se à formação das mini-leiras.

c) Revolver o café pelo menos oito vezes ao dia, de acordo com a posição do sol. A sombra do trabalhador deve ficar à sua frente ou atrás, para que as pequenas leiras feitas durante o revolvimento não sombreiem o café.

d) Fazer com o café, após o segundo dia de seca, pequenas leiras de 15 a 20 cm de altura, no final da tarde, e esparramar no dia seguinte bem cedo, o que acelerará a secagem e impedirá que o sereno umedeça muito o café.

e) Fazer leiras grandes com o café, no sentido da maior declividade do terreiro, em caso de chuvas. Essas leiras devem ser trocadas de lugar o maior número de vezes possível, a fim de aumentar o contato com ar na massa de café. Quando a chuva passar, deve-se continuar a resolver as leiras até que o terceiro seque. Logo após esparramar o café, deve-se proceder no item b.f) Nunca amontoar o café cereja antes do ponto meia-seca, ponto em que não estará mais colando na mão quando apertado.

g) Amontoar o café por volta das 15 horas e, se possível, deixá-lo coberto com lona até o dia seguinte. É uma operação muito importante, devido à propriedade de fácil troca térmica que o grão de café em coco tem, proporcionando homogeneidade na secagem.

h) Esparramar o café por volta das 9 horas, quando a umidade do ar é adequada, e, como no item c, movimentá-lo até às 15 horas, quando deve ser novamente amontoado.

i) Continuar o processo até secagem final, recolhendo o café frio pela manhã, para a tulha, com 11% a 12% de umidade.

Dentro do terreiro podem ser construídas “coroas ou meias-luas”, que são pequenas muretas de 5 cm de altura e 3 m de diâmetro, cuja finalidade é servir de local para amontoar o café, evitando-se escorrimento da água de chuva sob lona.

Deve-se evitar a construção de terreiros em lugares úmidos, como baixadas e próximo de represas ou locais sombreados e com construções adjacentes.

Secagem artificial

Existem diferentes modelos de secadores comercialmente disponíveis, recomendandose utilizar, de preferência, secadores com fornalha de fogo indireto (trocador de calor) ou queimador de gás, para evitar que o café adquira odor de fumaça. Recomenda-se usar a própria casca do café como combustível. O secador deve ser carregado com café apresentando teor uniforme de umidade, o que permite otimizar o processo de secagem (maior rapidez e menor consumo de combustível). O café muito úmido, de inicio de colheita, com muitos frutos cerejas e verdes, deve sofrer uma pré-secagem em terreiro ou pré-secador antes de ir para o secador.

A temperatura de secagem é extremamente importante. A fim de se obter bebida fina, a temperatura não deve nunca ultrapassar 39oC para o café em casca medida na massa de café. Quando houver um percentual elevado de frutos verdes a temperatura da massa deverá ser mantida abaixo de 30oC, para evitar a ocorrência de café verde escuro e preto-verde. O processo de secagem não deve ser muito rápido, de forma a garantir uniformidade, segurança e economia da operação. Em geral, a secagem estará completada entre 24 e 36 horas.

Secagem do café cereja descascado

A secagem deve iniciar-se imediatamente após o término do descascamento. O café é esparramado em camadas finas no terreiro (não superiores a 2,5 cm) e revolvido com rodo dentado 20 vezes ao dia para uniformizar a umidade e promover a rápida secagem da mucilagem, evitando-se que os grãos grudem uns aos outros.

Após 4 a 5 horas de plena exposição ao sol, ou pelo menos de um dia seco, confirmar a completa secagem da mucilagem. Se estiver seca, colocar o café em leiras de 5-10cm de altura, todas as tardes, aumentando para 20-30cm até que se atinja o estádio de meia-seca.

Quando for utilizada a secagem mecânica, a temperatura da massa de café não deverá ultrapassar 38°C, usando-se, de preferência, secadores rotativos para evitar que o pergaminho grude nas paredes. Hoje, também se trabalha com terreiros suspensos, de tela de sombrite (Anexo 16), cobertos (tipo estufa) ou não, de onde se obtém cafés de bebidas finas. Pode-se, no primeiro ou o segundo dia, trabalhar com o café no terreiro comum até perder a mucilagem e após esse período transferir para o terreiro suspenso. O importante é rodar o café o dia todo, usando um rodo arredondado de madeira, bem leve (tipo Pinus).





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