terça-feira, 9 de maio de 2017

Correção de Solos e Adubação na Cultura do Algodão


Correção e adubação

O cultivo do algodoeiro deve ser feito em solos de fertilidade média a alta, pois a cultura necessita de grandes quantidades de nutrientes para obter boas produtividades.
Em geral, as plantas do algodoeiro precisam extrair do solo 69, 26, 73, 36, 27 e 6 kg/ha de nitrogênio (N), fósforo (P2O5), potássio (K2O), cálcio (CaO), magnésio (MgO) e enxofre (S), respectivamente, para produzir 1.000 kg/ha de algodão em caroço. Desse total, aproximadamente, 34, 12, 22, 4, 14 e 3 kg/ha dos nutrientes extraídos, respectivamente, são exportados com a fibra e caroços colhidos, e os restantes são reciclados no sistema de produção.
No Cerrado brasileiro, a produtividade média é de 3.900 kg/ha de algodão em caroço, o que provoca uma exportação anual de 133, 47, 86 kg/ha de N, P2O5 e K2O apenas na colheita, sem contar a lixiviação intensa de nitrogênio e potássio e a forte adsorção de fósforo nas partículas do solo, que reduzem adicionalmente a disponibilidade desses nutrientes para as plantas nos cultivos seguintes. Além disso, existem áreas produzindo acima de 5.500 kg/ha, com uma extração de nutrientes muito maior.
Desse modo, os solos do Cerrado, que são ácidos e têm baixos teores de nutrientes em sua condição natural, necessitam de correção da acidez superficial com calcário, de correção da acidez subsuperficial com gesso agrícola e de aplicação de doses corretivas de fósforo e de micronutrientes (Boro – B, Cobre – Cu, Manganês – Mn e Zinco – Zn) para se tornarem férteis e produtivos. Além disso, precisam de um manejo sob rotação de culturas com gramíneas e aportes contínuos de nitrogênio e potássio para poder preservar e acumular matéria orgânica (Figura 1) e ter condição de suportar as altas produtividades que se obtêm atualmente.
Foto: José da Cunha Medeiros
Figura 1. Cobertura do solo (palhada de milho e soja).
O planejamento de sistemas sustentáveis de produção, com altas produtividade e rentabilidade, requer a observação de uma série de etapas importantes ligadas ao histórico da área, ao tipo de solo existente, às suas características químicas e físicas, à profundidade do seu perfil do solo, às culturas que serão exploradas em sucessão/rotação e às necessidades nutricionais de cada uma delas.

Análises do Solo

A análise de solo é o instrumento mais importante que o agricultor tem para conhecer o estado da fertilidade e as características granulométricas (textura) do solo da propriedade e as suas necessidades de corretivos, fertilizantes e manejo. E ao longo dos anos, trata-se de uma ferramenta indispensável para monitorar e corrigir os níveis de fertilidade em diversos nutrientes e garantir suprimento adequado para sua lavoura.
As amostragens de solos para análises de fertilidade são extremamente importantes, pois elas servirão como base para recomendação de calagem e adubação. Por essa razão, as amostras coletadas devem ser representativas da área a ser cultivada. Para isso, a área a ser amostrada deve ser dividida em talhões homogêneos quanto à topografia, cor e textura do solo, cobertura vegetal anterior, histórico de uso e drenagem. Em cada talhão, toda a área deve ser percorrida em zigue-zague, retirando-se 15 a 20 subamostras simples, de mesmo volume. As subamostras simples deverão ser misturadas em um recipiente limpo para formar uma única amostra composta, da qual são retirados cerca de 500 g a 600 g de terra, identificados e enviados ao laboratório.
Em áreas sob cultivo convencional, as amostras de solo devem ser coletadas nas camadas 0-20 e 20-40 cm. No sistema de Plantio Direto, nos três primeiros anos, segue-se o mesmo procedimento do convencional. Porém, a partir do quarto ano, é recomendável retirar amostras nas camadas 0-10, 10-20 e 20-40 cm de profundidade.
Quanto à época de amostragem, é conveniente retirar amostras com bastante antecedência do plantio, uma vez que a recomendação de adubação e calagem depende dos resultados da análise do solo. No caso do manejo convencional, convém coletar as amostras antes da aração para permitir a aplicação de calcário antes dessa operação. O ideal seria repetir a amostragem e a análise de solo anualmente, visando assegurar o acompanhamento das condições de fertilidade do solo e a recomendação de adubação adequada. Que pode ser complementada pela análise foliar.
Atualmente, existem empresas fornecedoras de fertilizantes ou consultorias específicas que já analisam previamente o solo do produtor, usando técnicas de agricultura de precisão. Nesse caso, faz-se amostragem composta a cada 3 ha a 5 ha ou mais, dependendo da extensão da terra a ser cultivada. Os dados da análise da área são apresentados em mapas, que são utilizadas por equipamentos orientados por satélites que fazem a aplicação em taxa variável, conforme a necessidade de cada gleba específica. Essa técnica permite maior homogeneidade da fertilidade do solo e melhor resposta da planta em produtividade.
Análises foliares
A análise foliar é uma ferramenta essencial para a avaliação do estado nutricional do algodoeiro e deve ser considerada como complementar à análise do solo e nunca como substituta. Quando usada em conjunto com os resultados de análise do solo e o histórico de uso da área, permite acompanhar o equilíbrio nutricional das culturas, tornando possível fazer uma recomendação de adubação mais consistente.
A época correta de amostragem é no período do florescimento, 80 a 90 dias após a emergência. Deve-se coletar a 5ª folha totalmente formada a partir do ápice da haste principal, num total de 30 folhas por área homogênea. Recomenda-se evitar folhas que apresentem danos causados por pragas e doenças. Após a coleta, as folhas devem ser colocadas em sacos de papel, identificadas e enviadas ao laboratório, se possível, no mesmo dia.
Calagem
Por ser o algodoeiro pouco tolerante à acidez, à presença de alumínio trocável e ser exigente em cálcio, elemento importante na germinação e desenvolvimento inicial das raízes, a correção da acidez é essencial para a obtenção de boa produtividade. A calagem é a aplicação de corretivo da acidez (geralmente, calcário) no solo e tem o objetivo de corrigir a acidez, neutralizar o alumínio trocável, elevar a saturação de bases e fornecer cálcio e magnésio para as plantas. Além desses efeitos diretos, com a calagem a cultura é beneficiada indiretamente pelo aumento da capacidade de troca de cátions (CTC) e da disponibilidade de N, S, P, B e Mo, melhoria do desenvolvimento do sistema radicular, que permite exploração de maior volume de solo e, consequentemente, maior eficiência na absorção de nutrientes do solo pela planta.
Recomendação de calagem
São vários os métodos usados para cálculos da necessidade de calcário, sendo o mais usado para a cultura do algodão aquele baseado na CTC e SATURAÇÃO POR BASES TROCÁVEIS, o qual aplica a seguinte fórmula:
NC (t/ha) = CTC (V2-V1) /1000, sendo:
NC = necessidade de calcário, em t/ha
CTC (mmolc/dm3) = capacidade de troca cátions do solo a pH 7,0 (Ca2+ + Mg2+ + K+ H+Al3+, em mmolc/dm3)
V2 = porcentagem de saturação por bases recomendada para a cultura (60-70%)
V1 = porcentagem de saturação por bases atual do solo, calculada pela fórmula: 100 x SB/CTC
SB = soma de bases trocáveis (Ca2++Mg2++ K+, em mmolc/dm3)
A quantidade de calcário recomendada é para aplicação do produto em uma superfície (S) de um hectare (10.000 m2), a uma profundidade de incorporação (PI) de 20 cm e usando calcário com PRNT igual a 100%. Caso haja diferença em qualquer desses critérios, é necessário fazer uma correção na quantidade aplicada:
Quantidade de calcário (t/ha) = NC x S/10.000 x PI/20 x 100/PRNT,
onde PRNT = Poder Relativo de Neutralização Total do calcário utilizado.
A calagem deve ser feita pelo menos dois meses antes do plantio e em área total com posterior incorporação com aração e gradagem. Caso seja usado o Plantio Direto, deve ser aplicada na superfície ½ da dosagem recomendada até o limite de 2,5 t/ha em solos argilosos e 2,0 t/ha em solos arenosos.
Gessagem
O algodoeiro é uma planta cujas raízes crescem até três vezes mais rápido que a parte aérea nos primeiros 30 dias de plantio, só parando o crescimento ao redor dos 120 dias da emergência. Sua raiz principal pode facilmente ultrapassar a profundidade de 2,5 m, em solos de textura média, como os existentes no Cerrado da Bahia. Esse crescimento exuberante é importante para a tolerância da planta aos constantes “veranicos” que ocorrem no Cerrado, para as absorções de água e nutrientes a grandes profundidades, para a reciclagem de nutrientes e manutenção do solo descompactado ao longo do perfil.
Entretanto, esse crescimento em profundidade só ocorre se não houver impedimento mecânico ou químico à expansão radicular. O impedimento mecânico ou compactação do solo pode ser superado pelo uso de subsolagem e aração profunda, especialmente com arado escarificador. Porém, o impedimento químico só pode ser removido pelo uso constante de gesso agrícola no solo.
Assim, a correção da acidez e dos teores tóxicos de Al na subsuperfície pode ser feita com gesso agrícola. O seu uso é recomendado quando na camada subsuperficial (20-60 cm) a saturação por alumínio for superior a 20% e/ou a saturação de cálcio for menor que 60% da CTC efetiva ou menor que 5 mmolc/dm3. De modo geral, a quantidade de gesso (QG) a ser aplicada no solo pode ser calculada pela fórmula:
QG (kg/ha) = 500 x g/kg de argila na camada considerada (20 – 60 cm)
Apesar do risco de perda de potássio, principalmente, da camada arável, especialmente em solos arenosos, há evidências que mostram ser vantajoso fazer uma correção inicial com gesso, seguindo a fórmula acima. Adicionalmente, deve-se aplicar 500 a 1.000 kg/ha de gesso a cada dois anos para manter um fluxo de cátions e ânions no perfil que permita o aprofundamento das raízes de todas as culturas e plantas de cobertura usadas na área de cultivo.
Vale salientar que o solo corrigido pode voltar a ficar ácido porque os fatores que causam a acidez continuam atuando ao longo do tempo, por exemplo:
  • Perdas de bases (Ca, Mg e K) por lixiviação, que é aumentada na presença dos ânions sulfato, cloreto e nitrato fornecidos nas adubações, com consequente redução do pH.
  • Utilização de adubos nitrogenados, como sulfato de amônio e ureia, que acidificam o solo.
  • Processo de nitrificação (transformação de amônio em nitrato) que ocorre após a mineralização do nitrogênio da matéria orgânica, cuja reação provoca acidificação do solo.
  • Extração de cátions (Ca, Mg, K) pelas culturas.
Por isso, é conveniente monitorar, a cada ano, a fertilidade do solo através de análises laboratoriais para que se identifiquem alterações na reação do solo e a necessidade de sua correção.

Adubação

Para se fazer uma adubação equilibrada, é muito importante conhecer a quantidade total de nutrientes extraídos, exportados (fibra e sementes) e quanto retornou ao solo através dos restos culturais. Porém, além das exigências nutricionais, vários fatores determinam a resposta das culturas à adubação, tais como: a dinâmica dos nutrientes no solo, o histórico de uso da área (principalmente, cultura anterior, correções e adubações aplicadas) e a disponibilidade de água, dentre outros. O fósforo, por exemplo, embora seja o macronutriente menos absorvido pelo algodoeiro, é usado em maior proporção nas formulações de adubação devido à sua fixação no solo, especialmente nas regiões de Cerrado. De qualquer forma, os teores de nutrientes no solo devem ser manejados de modo a se construir sua fertilidade até os níveis considerados altos ou adequados. Desse ponto em diante, a adubação deve objetivar manter a fertilidade e o nível da produtividade alcançada.
  • O fósforo e o potássio são recomendados em função da análise do solo, considerando as tabelas de recomendação de adubação de cada estado ou região. Em geral, elas recomendam 25 kg/ha de P2O5 e 40 kg/ha de K2O para cada tonelada de expectativa de produtividade.
  • A recomendação de nitrogênio é baseada na produtividade esperada e no potencial de resposta da cultura associado ao histórico de uso da área. Em área com alto potencial de resposta (área sob uso intensivo, com cultivo de cobertura de gramíneas, com muitas palhas na superfície), recomenda-se a aplicação de 35 kg a 40 kg/ha de N para cada tonelada de expectativa de produtividade; para áreas com baixo potencial de resposta (área recém-aberta ou logo após sucessão/rotação com leguminosas, com alto teor de matéria orgânica), cerca de 30 kg/ha por tonelada de expectativa de produtividade.
  • Não se espera resposta à adubação potássica quando o teor de potássio no solo for superior a 2,5 mmolc/dmou quando a relação (Ca + Mg) /K < 20.
  • O enxofre, assim como o nitrogênio, não é recomendado pela análise do solo. Nos casos em que se espera resposta a esse nutriente, a aplicação de 25 kg a 30 kg/ha usando gesso tem sido suficiente para o algodoeiro.
  • É recomendável o uso de fontes solúveis de fósforo e de formulações NPK que contenham sulfatos, seja como sulfato de amônio e/ou superfosfato simples, que além de N e P também fornecem enxofre.
Devido ao uso de plantadeiras de alta performance e rendimento operacional, há uma tendência à aplicação em pré-plantio de fósforo e potássio, a lanço e sem incorporação. Em solos com fertilidade média a alta, essa prática é viável. Do mesmo modo, é possível a antecipação parcial ou total da adubação PK sobre gramíneas de cobertura, especialmente, milheto e braquiária.
A antecipação de até metade da adubação nitrogenada nas plantas de coberturas que precedem o plantio do algodão no início da safra, em algumas regiões do Cerrado, também tem se mostrado viável. Neste caso, todo o restante do nitrogênio deve ser aplicado no início do abotoamento (cerca de 30-35 dias do plantio).
A adubação de plantio deve ser feita no sulco de semeadura, ao lado e abaixo da semente, com pequena proporção de nitrogênio (10-15 kg/ha), fósforo em dose total, metade ou um terço da dose recomendada de potássio e micronutrientes.
A adubação de cobertura pode ser única ou parcelada, se necessário. A primeira cobertura deve ser feita entre 30 a 35 dias após a emergência, com N, K, S e B (1/2 da dose), caso esses dois últimos não tenham sido aplicados na semeadura. A segunda cobertura com N e K (se necessário) deve ser feita cerca de 20-30 dias após a primeira. Este parcelamento aumenta a eficiência da adubação, pois assegura o fornecimento desses nutrientes na fase de maior absorção pelas plantas e evita perdas por lixiviação, sobretudo em solos arenosos. Além disso, a aplicação de quantidades elevadas de adubo potássico na semeadura, pode prejudicar a emergência das plantas devido ao aumento da pressão osmótica no meio, uma vez que o cloreto de potássio tem elevado índice salino.
As pesquisas com adubação do algodoeiro têm sugerido que:
  • A aplicação de nitrogênio em cobertura em doses acima de 120 kg/ha pode não ser econômica e depende da produtividade alcançada…
  • As aplicações tardias de nitrogênio (após 80 dias de emergência) promovem o crescimento vegetativo, prolongamento do ciclo da cultura, aumento da queda de botões florais e aumento da intensidade de ataques de pragas e doenças, sem que ocorra aumento da produtividade.
  • Respostas a doses elevadas de nitrogênio em cobertura (acima de 140 kg/ha) estão associadas à compactação do solo e/ou à presença de nematoides.
Quanto aos micronutrientes, a adubação via solo tem se mostrado mais eficiente do que a adubação foliar. Em áreas com histórico favorável para a deficiência desse micronutriente, recomenda-se a aplicação de até 1,2 kg/ha na semeadura, ou em cobertura junto com N e K. Como o limite entre a deficiência e a toxicidade de boro é muito estreito, aplicações acima de 2 kg/ha pode causar prejuízo na produção, se feito no sulco de plantio; se aplicado a lanço, doses superiores podem ser usadas, desde que exista viabilidade econômica da aplicação. Em solos de Cerrado, na fase de correção, recomenda-se aplicar 3 kg/ha de Zn se o teor no solo for inferior a 0,6 mg/dm3, para prevenir deficiências.
A pulverização foliar é recomendada apenas para corrigir deficiências detectadas durante o desenvolvimento da cultura. Entretanto, quando essas deficiências ocorrem, parte da produção potencial da planta já está comprometida e a correção apenas diminui a intensidade das perdas.
No caso de solos corrigidos e com uso de elevadas adubações com NPK, visando altas produtividades, é conveniente o uso de formulações NPK de plantio contendo micronutrientes, para prevenir possíveis deficiências. Nessas formulações, é comum o uso de fritas como fonte de todos os micronutrientes. As fritas (FTE) são relativamente baratas e de lenta solubilização no solo, assegurando liberação gradual dos micronutrientes sem causar toxicidade.
Quanto à adubação foliar com fosfato monoamônio purificado (MAP) e nitrato de potássio, as pesquisas raramente mostram efeito positivo sobre a produtividade. Entretanto, sob condição de plantas estressadas por veranico prolongado ou em desfolhas ocasionadas por surto de lagartas ou chuva de granizo, pode haver resposta econômica em produtividade.
Para mais informação sobre a adubação do algodoeiro no ambiente de Cerrado, consulte o Comunicado Técnico 375 (Adubação do Algodoeiro no Ambiente de Cerrado).
Sintomas de deficiência
As deficiências de nutrientes no algodoeiro, como noutras plantas, ocorrem com padrões específicos para cada elemento (Figura 2). O conhecimento desses padrões pode auxiliar o agricultor e o técnico para diagnosticar, diretamente no campo, o que está ocorrendo na lavoura e tomar as medidas corretivas necessárias.  Essa técnica de diagnóstico é conhecida como diagnose visual.


Figura 2. Chave para diagnose visual da deficiência de nutrientes em algodoeiro.
Sumariamente, os sintomas de deficiências podem ser descritos como seguem:
  • Nitrogênio – Redução do crescimento vegetativo e amarelecimento uniforme da planta. Os sintomas são mais acentuados nas folhas mais velhas, nas quais surgem manchas avermelhadas ou pardas que secam e provocam a queda prematura das folhas. As plantas apresentam-se pouco desenvolvidas, com número reduzido de ramos vegetativos e botões florais.
  • Fósforo – Ocorre atraso no desenvolvimento e as folhas apresentam coloração verde escura intensa e manchas ferruginosas no limbo. Esses sintomas são difíceis de ser detectados no campo.
  • Potássio – Amarelecimento das margens das folhas mais velhas, que avança entre as nervuras. Com o agravamento da deficiência, a superfície das folhas passa para uma coloração bronzeada. A clorose se desloca gradualmente para as folhas mais novas e as mais velhas morrem e caem, provocando a maturação prematura dos frutos e causando prejuízo à produtividade e à qualidade do produto.
  • Cálcio – Sintomas de deficiência de cálcio são difíceis de ser encontrados no campo. Sob condições severas de deficiência, o sistema radicular é prejudicado, o crescimento é paralisado e ocorre murchamento e queda das folhas. As folhas que não caem tornam-se avermelhadas.
  • Magnésio – O sintoma bem característico é a clorose internerval das folhas mais velhas, que evolui para a coloração vermelho-púrpura, formando um contraste nítido com o verde das nervuras. As folhas deficientes e as maçãs se desprendem com facilidade.
  • Enxofre – Clorose do ponteiro, caracterizado pela coloração verde-limão típica que atinge as folhas mais velhas, causando sua queda prematura.
  • Boro – O algodoeiro é uma das plantas mais exigentes em boro. Os principais sintomas de deficiências são:
  • Folhas novas amareladas e enrugadas, contrastando com o verde normal das folhas mais velhas.
  • Flores defeituosas e aumento da queda de botões florais e dos frutos, os quais apresentam escurecimento interno na sua base.
  • Aparecimento de anéis verde-escuros nos pecíolos.
  • Superbrotamento e morte dos ponteiros, quando a deficiência é muito severa.

  • Zinco – Clorose internerval nas folhas novas, que se apresentam com as bordas voltadas para cima e lóbulos alongados no formato de “dedos”.
  • Manganês – Clorose internerval das folhas novas dos ponteiros, contrastando com o verde das nervuras.
  • Cobre – Folhas novas apresentam nervuras tortas e salientes. São sintomas de difícil ocorrência no campo.
  • Ferro – Sintomas semelhantes aos da deficiência do manganês. Não se espera deficiência de ferro no Brasil, a não ser em condições de elevada disponibilidade de manganês, devido ao antagonismo entre eles, ou em solos alcalinos.
Para mais informação sobre sintomas de deficiência, consulte a Circular Técnica 134 (Diagnose Visual de Deficiências Nutricionais do Algodoeiro).


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