Um dos principais pontos do sistema de produção da erva-mate é a produção de mudas de qualidade. A maioria dos viveiros é convencional, que ainda utilizam sacolas plásticas como recipientes. No entanto, cada vez mais a produção de mudas em tubetes tem sido adotada em viveiros comerciais.
A propagação vegetativa da erva-mate ainda é pouco utilizada, embora já se tenha protocolos para a produção de mudas por estaquia, miniestaquia e por enxertia em garfagem.
As mudas após produzidas devem passar por um período de rustificação.
Viveiros convencionais
Viveiros convencionais são aqueles nos quais as mudas ainda são produzidas por meio de sacolas plásticas, que são preeenchidas com substrato composto por mistura de terra, adubo orgânico, areia média e adubos químicos em diferentes proporções. Neles, ainda são utilizadas sementeiras para a germinação das sementes. Das sementeiras, as plântulas são repicadas para os recipientes contendo o substrato.
Os viveiros convencionais são construídos das mais diferentes formas, desde aqueles em que se usa madeira roliça e palha até aqueles que utilizam madeira serrada e sombrite. O local adequado para a sua construção deve ser seco, bem ventilado e com boa insolação.
As mudas repicadas para os recipientes ficam em canteiros até atingirem o estágio ideal para serem levadas ao campo.
Viveiros para produção de mudas em tubetes
O uso de tubetes tem apresentado ótimos resultados. Podem ser utilizados tubetes nso tamanhos 30 mm x 126 mm e 40 mm x 140 mm. O uso de tubetes exige a utilização de um suporte em bandeja de tela de arame, com malhas de 30 mm ou 40 mm, e altura mínima de 40 cm do chão ou bandejas de plástico. A composição do substrato deve ter no mínimo, 50% de matéria orgânica (húmus de minhoca, turfa, etc.), que vai possibilitar uma boa formação das raízes. A permanência no viveiro não deve ultrapassar o período de 12 meses. A seguir, viveiro comercial de grande porte (Figura 1) e viveiro para produção de mudas em pequena escala (Figura 2).
Foto: Moacir J. S. Medrado
Figura 1. Produção de mudas em tubete. Cooperativa Tritícola Erechim Ltda. (Cotrel).
Foto: Moacir J. S. Medrado
Figura 2. Tubetes em casa de plástico. Ervateira Barão, Barão de Cotegipe.
Estaquia e miniestaquia
A estaquia é um processo de reprodução vegetativa, realizada pela coleta de ramos verdes de plantas pré-selecionadas, que passam por um processo de desinfestação, aplicação de hormônio e nebulização, para o seu enraizamento e brotação. Para a miniestaquia, brotações de mudas mantidas no viveiro são coletadas e colocadas para enraizar. Estas técnicas de produção de mudas possibilitam a reprodução de plantas selecionadas com base nas características de interesse, como produtividade, resistência às pragas e doenças, sabor, entre outras, sendo as mudas formadas por este processo geneticamente idênticas entre si. A grande variação no sucesso do enraizamento entre estacas de plantas diferentes tem sido um dos grandes problemas deste tipo de propagação.
No entanto, estudos iniciais demonstram o grande potencial desta técnica para o estabelecimento de plantios clonais de alta produtividade e uniformidade, além de pomares clonais para produção de sementes.
Rustificação
Quando as mudas estiverem bem enraizadas nos recipientes, deve-se iniciar o processo de rustificação, que consiste em colocá-la gradativamente a pleno sol, com a redução das regas, porém, evitando-se expô-las por tempo excessivo, no início, evitando o seu murchamento.
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